De que está à procura ?

Colunistas

O poeta de noventa e seis anos

Alfredo António Estebaínha nasceu em quatro de Março de 1919, no concelho de Aljustrel, distrito de Beja. Mas estava escrito que mestre Estebaínha se havia de tornar felgueirense. De quase todos os
felgueirenses.

Eu não abro mão do quanto me pertence Alfredo Estebaínha, e acolho-o com todo o agrado. Há, até, muitos anos que nos tornámos amigos. Era eu rapazito. Mas o velho mestre nem por isso me descurava e
partilhámos muito em prol da poesia. Dedicou-me mesmo um poema imensurável em décimas sujeito a mote. Ali me instiga a mostrar o meu lavor e “trazê-lo a covo”.

O poeta que nasceu em Aljustrel, havia de marcar as suas origens com o primeiro livro que publicou. “Do Fundo da Mina”, reflecte as conhecidas Minas de Aljustrel onde o mestre chegou a trabalhar enquanto rapaz.

Tenho escrito consideravelmente sobre Alfredo Estebaínha, e não quero repetir-me.

Quero só relembrar que Alfredo Estebaínha, que eu considero o segundo ou terceiro melhor poeta felgueirense que eu conheci, não deixa de ser adoptado e muito bem por Felgueiras.

O velho mestre, que chegou a ser boémio ao seu jeito, nos últimos anos tem acusado o peso da idade e há muito pouco tempo foi submetido a tratamentos que o conta-quilómetros acusa. Mas continua entre nós, e
pugno que ainda mais anos com relativa qualidade de vida.

Alfredo Estebaínha foi homenageado há quase dois anos e é desse evento a fotografia que se apresenta em que mostramos o carinho e respeito que nos une.

Um bom e grande parabém, amigo e velho mestre.

Mário Adão Magalhães 015/03/04

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico).

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA