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O onze de Março cá do sítio

Ao tempo também eu não apreciava muito a Espanha por mor daquele sentimento que de Espanha nem bom vento nem bom casamento. Era um procedimento como o daquelas pessoas que nascem com um clube de futebol entranhado nas veias.

É claro que com a experiência da vida, começava – à data, reitero -, a entender mais as políticas e interesses ibéricos.

Foi em onze de Março de 2004, aquando o atentado da responsabilidade da Al-Qaeda em Madrid, que provocou 192 mortes e 2 050 feridos. Restavam dois dias para a eleição de um governo automaticamente eleito. Entendendo o povo espanhol que houve malandrice, se quisermos mão do governo por estratégia política, naqueles dois dias mudou totalmente o sentido de voto e ganhou o Partido que à partida não seria eleito.

É quando eu começo a dizer que admiro os espanhóis e por osmose a comparar como seria se fosse em Portugal. Dizia eu que em Portugal, em dois dias não se faria nada, instalar-se-ia um gabinete de crise, formava-se um grupo de revolucionários, outros defensores da pátria e os da lei… Talvez aparecesse outro comité qualquer, todos ao longo dos tempos, até que, o governo teria sido eleito, faria o mandato sem sobressaltos e ao fim de três quatro anos, ter-se-ia chegado a conclusão nenhuma.

Qualquer impertigante origina a abertura de um inquérito. E quando isso acontece, não acontece nada. Não se inquire nada.

Nestes dias estamos a viver o que em 2004 me ocorreu. A mais de oito dias de eleições e ninguém sabe quem ganhou, quem perdeu também, e quem na verdade vai governar.

Podemos lembrar, por bem e por mal, a prontidão que na Grécia se elege, forma governo e toma posse.
Mário Adão Magalhães 015/10/12 23, 58h

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico).
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