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O Nobel

O Nobel, como os Óscares, têm apenas a importância que lhes queremos atribuir.

A mim, com o passar dos anos acontece-me assistir à dissolvência da importância dos prémios, todos os prémios.

O maravilhamento que acompanhava estes galardões foi-se esbatendo.

São todos redutores e como tal injustos porque obliteram a diversidade e a multiplicidade do universo de coisas boas que estão à nossa disposição.

São meros indicadores, apontadores de tendências, no mais das vezes não daquilo que efectivamente premeiam e sim das mentalidades da época.

Mussorgsky foi detestado, insultado e diminuido pelos seus contemporâneos.

Digo sempre ao meu filho para ir ver todos os filmes que os críticos sejam unânimes em vituperar.

Bob Dylan está no panteão dos meus heróis desconhecidos dos anos 60 porque não digiro a sua música, mas sei que pertence a um grupo importante de transformadores e inovadores.

Era giro em novo , do género a que não escapo, petit juif brun tenebreux. Brilhante, inaugurador do advento da sua década.

Literatura? Ok. Assinado e carimbado. Perde o galardão, não o galardoado. Tant pis. Sei muito bem do que gosto, experimento a expensas próprias e seguindo os apontadores que eu própria elejo.

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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