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O lar

A Rita, que é uma garota que muitos de vós não conhece mas que vale a pena conhecer, e que se um dia conhecerem ela nunca mais se irá esquecer de vós, e falará convosco sempre que vos encontrar, um dia chegou à conclusão que mais valia ser velha do que idosa.

A explicação é simples: o idosos são as pessoas que estão no lar de idosos; em contrapartida, os velhos são pessoas que vivem em casa própria, que passeiam, vão à praia, conduzem, são independentes e nem sequer precisam de trabalhar.

Isto vem a propósito de uma situação que tenho acompanhado, e que tem a ver com lares, ou seja, tenho um conjunto de amigas, talvez umas dez, que têm por volta de cinquenta anos, todas bem resolvidas com a vida, que possuem uma sociedade no Euromilhões com o objectivo de um dia comprarem um “lar de velhos, e tanto quanto sei, se lhes sair o Euromilhões tentarão adquirir ao Estado os edifícios e terrenos que agora é o Centro de Estudos e Formação Autárquica.

Chegaram à conclusão que sempre se deram bem, sempre estiveram juntas durante anos a fio, e que seria muito mais interessante irem todas juntas para um “lar de velhas amigas” do que para um local que não conhecem ninguém. Eu acho a ideia excelente.

E depois o lar seria feito à sua medida, com bares, sala de fumo, lojas de pronto a vestir, cabeleireiro, sala de jogo, ginásio, e quarto alternativo para todas aquelas que não são divorciadas ou viúvas poderem encaminhar os maridos quando estes começam a ressonar.

E depois há a questão dos beliches, mas isso nem dá assim muito bem para contar, porque não faz muito sentido velhos andarem a trepar a beliches, e em noite de bebedeira, aqueles que ainda têm força para subir a um beliche, o mais certo é cairem da cama abaixo

Ontem chegaram à conclusão que quando atingirem os 85 anos irão enveredar por uma carreira nas drogas duras, pois, nessa altura do campeonatos já não correrão o risco de estragarem uma vida inteira, mas não sabendo elas nada de drogas duras, colocavam a mesma nos ambientadores e iam-se drogando aos bocadinhos.

Bom, eu pelo sim, pelo não, trato muito bem a Ana, a minha filha e o Lima, pois quase de certeza que serão eles que me irão escolher o lar.

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