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O “Land” alemão que produz três vezes mais riqueza que Portugal

Como é que um estado federado da Alemanha, com a mesma população de Portugal, consegue produzir mais do triplo da riqueza? Os recursos naturais são praticamente inexistentes, tal como no nosso país.O segredo está na capacidade de inovação, diz o jornal Dinheiro Vivo. Bem-vindos a Baden-Wurttemberg (BW), no sul da Alemanha. Marcas como a Porsche ou a Boss têm aqui as suas sedes.

Os próprios políticos alemães brincam com a dificuldade de “vender” a estrangeiros um local com um nome impronunciável. Também não estamos num paraíso fiscal germânico. A taxa de IRC é de 29,6%, tal como no resto do país. “Não é por aí que tentamos atrair investimento estrangeiro”, garante uma alta responsável de uma agência governamental. “Não temos a mesma política da Irlanda. Temos quadros altamente qualificados e um excelente ambiente empresarial”, garante a mesma responsável.

Apesar da ausência de competitividade fiscal, os responsáveis contactados pelo Dinheiro Vivo dizem que argumentos não faltam para justificar um PIB de 407mil milhões de euros, o equivalente à Noruega e sensivelmente o triplo da riqueza produzida em Portugal

O terceiro mais rico estado alemão é o primeiro no número de patentes registadas (mais de 14 mil em 2011), superando mesmo a Baviera. Marcas como a Mercedes,Porsche, SAP (o software empresarial mais usado no mundo), Wurth (ferramentas) ou a Boss (vestuário) têm neste estado federado a sua sede.

Apesar de as marcas globais constituírem verdadeiras bandeiras, a verdade é que o BW conta com um sem número de Pequenas e Médias Empresas (PME). A verdade é que uma PME tem normalmente até 250 trabalhadores se for seguido o critério europeu, mas os alemães gostam de colocar nessa categoria empresas até 500 trabalhadores. De qualquer forma, empresas médias como a Zeiss (lentes) abundam, perfazendo quase meio milhão, 91% das quais são micro empresas (até 10 trabalhadores). Contribuem para metade do PIB de BW e para 43% das exportações alemãs.

A disseminação de empresas não é, portanto, um argumento para criar menos riqueza.O segredo está na capacidade criativa e nos 5,1% do PIB investidos em Investigação e Desenvolvimento (I&D), criando uma competitividade industrial que permite atingir nas exportações 55% do PIB regional.

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