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Museu do Design liga história da TAP à imagem de Portugal lá fora

© in Público

A exposição “TAP Portugal: Imagem de um Povo” será inaugurada a 15 de julho, no Museu do Design e da Moda, em Lisboa, para celebrar 70 anos da história da transportadora aérea nacional ligada à imagem do país lá fora.

O museu, gerido pela Câmara Municipal de Lisboa, lançou em fevereiro deste ano um apelo público para recolha de objetos, cartazes e indumentária relacionados com a TAP que pudessem ser cedidos para a exposição.

Uniformes, cartazes, campanhas publicitárias, postais, faqueiros e objetos de bordo, incluindo peças cedidas por particulares, colecionadores e antigos funcionários da TAP, vão estar reunidos na exposição “TAP Portugal: Imagem de Um Povo – Identidade e Design da Companhia Aérea Nacional – 1945-2015”.

A exposição parte da tese de doutoramento “Sobre as Nuvens: Design para a Companhia Aérea de Portugal (1945-1979)”, de Pedro Gentil-Homem, e integra material documental e audiovisual para a contextualização.

A TAP – Companhia Aérea Portuguesa foi criada em março de 1945, por Humberto Delgado, quando era diretor do Secretariado da Aeronáutica Civil, tendo nesse ano sido adquiridos os primeiros aviões com capacidade para 21 passageiros.

Ao longo dos 70 anos de existência, a imagem e a identidade da TAP acompanhou a história do país, e passou por diversas fases, tendo recebido o contributo de dezenas de muitos designers portugueses.

O MUDE sublinha, num texto sobre a exposição, que as peças revelam “o contributo do design para a consciência coletiva da TAP como símbolo nacional, e a identificação entre os portugueses e a (sua) companhia de bandeira, mas também o modo como concorreu para a construção e disseminação da imagem de um povo e do seu país além-fronteiras”.

Os diferentes momentos da imagem corporativa e a mensagem da TAP são apresentados em cinco núcleos cronológicos, correspondendo aos logótipos que a companhia teve ao longo da sua história, “colocando também em evidência a estreita relação da TAP com os diferentes contextos ideológicos e político-económicos de Portugal”.

Os núcleos autorais dos designers são compostos por Gonçalo Pais de Freitas, Gustavo Fontoura, Augusto Cid, Daciano da Costa, Carlos Rocha, Manuel Alves e José Manuel Gonçalves, inserindo-os na época em que a sua ação foi mais relevante.

Além destes, entre os designers e artistas representados que foram importantes para criar uma imagem moderna do país e da TAP, incluem-se ainda Sebastião Rodrigues, Keil do Amaral, Eduardo Anahory, Louis Féraud, Ana Maravilhas, Manuel Rodrigues e José Soares.

Existem outras referências a ateliês e agências como Ciesa, Forma, Marca, Impar, Cinevoz, Espiral, Risco, Mcann e Brandia, além de marcas portuguesas de referência como a Vista Alegre, as Loiças de Sacavém ou a Manufatura de Tapeçarias de Portalegre, que produziram para a TAP loiças de bordo e tapeçarias.

A mostra é coproduzida pela Câmara Municipal de Lisboa/MUDE e a TAP Portugal, tem curadoria da diretora do museu, Bárbara Coutinho, Comissão Científica composta por Pedro Gentil-Homem e Adelina Arezes, e investigação e assessoria técnica de Carla Alferes Pinto, com design expositivo de Luís Miguel Saraiva e Raquel Santos.

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