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Meninas que agrediram rapaz na Figueira podem ir parar à prisão

Os atos têm consequências. É o que vão aprender, da pior maneira, oito jovens, com idades dos 15 aos 17 anos, que já estão identificados pela PSP, por terem aparecido num vídeo publicado no Facebook na noite de terça-feira a espancar um jovem de 16 anos na Figueira da Foz. Dos oito identificados pela PSP em 24 horas, quatro são maiores de 16 anos e já arriscam penas de prisão. Estão indiciados pelos crimes de sequestro (porque o rapaz foi cercado e impedido de sair) e ofensa à integridade física, entre outros. Segundo disse fonte policial à Lusa, a principal agressora tem 15 anos, e a outra rapariga e um rapaz que também aparecem como agressores no vídeo já são maiores de 16 anos.

Os restantes quatro suspeitos, menores de 16 anos, verão os processos correr no Tribunal de Família e Menores. Os factos já têm quase um ano mas quem publicou o vídeo – que já teve um milhão e meio de visualizações – veio lembrar o que estes jovens fizeram no verão passado, numa rua junto a um edifício residencial da zona turística do chamado Bairro Novo. O exibicionismo poderá sair caro e custar ao grupo de bullies a liberdade. Segundo apurou o DN, a polícia já sabe que há registo de outras situações de violência escolar a implicar as duas agressoras mais óbvias no vídeo, que se vão alternando a esbofetear o rapaz.

O Ministério Público de Coimbra abriu um inquérito por agressões e pela divulgação das imagens, depois da queixa apresentada ontem na PSP da Figueira da Foz pela jovem vítima, que agora tem 17 anos (à data dos factos tinha 16), confirmou ao DN a Procuradoria-Geral da República. Como foram agressões em grupo, o crime tem o caráter de ofensas à integridade física qualificada, ou seja, agressões com especial censurabilidade ou perversidade, puníveis com pena até quatro anos de cadeia. Também poderão responder pelo crime de gravação e fotografias ilícitas, punido com pena de prisão até um ano ou com multa até 240 dias.

Quanto aos quatro agressores menores de 16 anos – ainda não responsáveis penalmente – foi aberto um inquérito tutelar educativo no Ministério Público da Figueira da Foz. Arriscam penas que vão da simples admoestação a um programa de modificação do comportamento ou ao internamento num centro educativo (antigos reformatórios). Alguns dos identificados foram ontem já ouvidos pela PSP na Figueira da Foz.

 

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