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Madeira: ex-emigrantes na Venezuela pedem ajuda todos os dias

Consequência do regresso de muitos portugueses que estavam radicados na Venezuela, tem aumentado a procura pelos apoios sociais disponíveis na Loja Solidária da Calheta, na Madeira.

“Já há algum tempo que temos vindo a notar um aumento da procura, sobretudo nos últimos meses”, revelou ao Diário de Notícias Cecília Cachucho, a Provedora da Santa Casa da Misericórdia da Calheta.

Apoio sobretudo em roupas, calçado, artigos para a casa – roupas de cama, atoalhados, cortinas – e eletrodomésticos, embora também seja procurada para ‘matar a fome’, apesar de ainda não operar com bens alimentares. Valência que considera importante colmatar, dada a crescente procura.

“Alimentos para entregar ainda não temos, mas temos no nosso projeto uma dispensa social e já estamos a tentar negociar um protocolo com uma grande superfície comercial para podermos também assegurar esse fornecimento de bens alimentares”, regista.

“A dispensa social era fundamental porque há pessoas que nos pedem esses géneros de produtos”, salienta Cecília Cachucho. Apesar de esclarecer que neste caso são “situações pontuais”, a Provedora garante que “quando é assim (pedem alimentos) recorremos ao Banco Alimentar para satisfazer as necessidades imediatas”.

Criada a meados de Julho do ano passado, a Loja Solidária coordenada pela Misericórdia calhetense, embora ainda com pouco mais de um ano de existência, tem vindo a ser cada vez mais procurada por famílias em situação de carência económica. E não apenas por residentes no concelho da Calheta. Ao município do extremo Sudoeste já terão chegado pedidos de ajuda de famílias dos municípios mais próximos.

“Não recebemos doações só da Calheta como também não ajudamos só quem reside neste concelho. Como tal, temos recebido ajuda de outros concelhos como também temos dado apoio a famílias de fora da Calheta, nomeadamente da Ponta do Sol, por ser o mais próximo, mas também a pessoas da Ribeira Brava e penso que até de Câmara de Lobos”, aponta.

Estima-se que por mês estejam a ser ajudadas pela Loja Solidária cerca de 30 famílias.

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