O Arouca obrigou o Olympiacos a ir a prolongamento, na segunda mão do ‘play-off’ da Liga Europa de futebol, no Pireu, mas nos 30 minutos adicionais de jogo o campeão grego acabou por ser mais eficaz.

Paulo Bento, treinador da equipa grega, passou por um forte susto nos 90 minutos regulamentares, que terminaram com vantagem do Arouca por 1-0, resultado que anulava a eliminatória. No prolongamento, os hexacampeões da Grécia viraram o resultado para 2-1 (agregado de 3-1).

Até ao prolongamento, todo o mérito é devido ao Arouca, muito bem orientado por Lito Vidigal, que não parecia um estreante em competições europeias, mas sim uma equipa experiente, com grande capacidade de transição de jogo, sempre à procura de um golo que relançasse a eliminatória.

O Olympiacos tinha mais posse de bola, mas perfeitamente ineficaz, já que não criava lances de perigo. As melhores jogadas eram dos arouquenses, que já mereciam a vantagem desde a primeira parte do encontro.

Vidigal surpreendeu o adversário com uma postura de combate, sem abdicar do ataque, e apresentou mesmo uma dupla ofensiva, colocando em campo ao mesmo tempo o excelente paraguaio Walter González e o equatoriano Marlon.

O golo tardou, mas foi totalmente merecido. Aos 80 minutos, na sequência de mais um livre a favor do Arouca, Marlon tentou o cabeceamento e a bola acabou por ficar ao alcance do defesa cabo-verdiano Gegé, que rematou ‘enrolado’ para bater Kapino.

E se ambas as equipas se respeitavam até então, ficou claro que ninguém tinha vontade de arriscar no tempo que faltava até aos 90. Um bom indicador de que os dois técnicos não descartavam o prolongamento foi o facto de só terem feito uma substituição cada.

Viria do banco de suplentes a bem sucedida ‘cartada’ de Paulo Bento, que para o prolongamento lançou Chori Domínguez. O experiente argentino, de 35 anos, viria a ‘faturar’ logo aos 94, com um bom remate cruzado, descaído para direita, que surpreendeu Rafael Bracali.

Ainda havia cerca de 25 minutos para jogar, só que o ‘pulmão’ do Arouca já não era igual, ao mesmo tempo que vinha ao de cima a experiência do grande dominador da liga grega na última década e meia.

Quando o Arouca já não tinha discernimento para chegar ao empate, que lhe daria uma histórica entrada na fase de grupos, o Olympiacos chegou ao 2-1, a sete minutos do final.

O português André Martins (que Paulo Bento lançara no jogo ainda aos 72 minutos) serviu Brown Ideye, após o que o nigeriano rematou forte e colocado, para ‘selar’ uma eliminatória mais difícil de ganhar do que por certo o clube do Pireu esperava.