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Juncker começou consultas com líderes da zona euro

O presidente da Comissão Europeia está em consultas com os “outros” 18 líderes da zona euro e vai conferenciar na segunda-feira com os presidentes da cimeira da zona euro, Eurogrupo e Banco Central Europeu, anunciou o executivo comunitário.

Num curto comunicado divulgado hoje ao final da noite, em Bruxelas, a Comissão Europeia indica que “toma nota e respeita o resultado do referendo na Grécia”, que se saldou numa vitória do ‘não’ à proposta das instituições, e dá conta das “consultas” que Jean-Claude Juncker está a fazer e que vai prosseguir até terça-feira, não havendo qualquer referência a contactos com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.

“O presidente Juncker está a consultar hoje e amanhã (terça-feira) os líderes democraticamente eleitos dos outros 18 membros da zona euro, assim como os líderes das instituições da UE”, indica o comunicado, acrescentando que o presidente da Comissão manterá uma teleconferência com o presidente da cimeira da zona euro, Donald Tusk, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, e o presidente do BCE, Mario Draghi.

O comunicado termina com a indicação de que Juncker “tenciona dirigir-se ao Parlamento (Europeu) em Estrasburgo na terça-feira”, por ocasião de um debate no hemiciclo durante a sessão plenária da assembleia.

Para o final da tarde de terça-feira está já agendada uma cimeira de chefes de Estado e de Governo da zona euro, convocada pelo presidente do Conselho Europeu (e das cimeiras do euro), Donald Tusk, na sequência de um pedido nesse sentido formulado pela chanceler alemã, Angela Merkel, e pelo presidente francês, François Hollande.

Na passada sexta-feira, na sua última intervenção pública antes do referendo, Juncker advertira que uma vitória do ‘não’ no referendo de hoje iria “enfraquecer dramaticamente” a posição negocial grega.

“O programa expirou, não há negociações em curso. Se os gregos votarem ‘não’, terão feito tudo menos fortalecer a posição negocial grega. A posição negocial grega será dramaticamente enfraquecida com um voto no ‘não’”, declarou, numa conferência de imprensa no Luxemburgo, depois de no início da semana ter dito que se sentiu “traído” pelo governo grego durante as negociações.

O “não” venceu de forma clara na consulta hoje realizada na Grécia: com 92,89% dos votos contados, liderava com 61,27%, contra 38,73% do “sim”.

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