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Julie & the Carjackers: música portuguesa em beleza (vídeo)

Clique para ampliar Músicas simples com letras e melodias pensadas ao pormenor que contam histórias da vida de uma personagem, Mr. Williams, compõem o disco de estreia dos portugueses Julie and the Carjackers, “Parasol”, que acaba de chegar às lojas.

“Foi preciso muito tempo para eu conseguir juntá-las [as músicas] todas como queria, ter o seguimento do disco do princípio ao fim. Estive muito tempo para conseguir juntar aquilo tudo de modo a ficar do meu agrado e perdi realmente muito tempo com as letras, a ordem, onde é que cada música devia estar, tudo”, disse em entrevista à Lusa um dos músicos do grupo, João Correia.

O baterista João Correia é, com o guitarrista Bruno Pernadas, a base dos Julie and the Carjackers.

Os músicos juntaram-se em agosto de 2009 para gravarem sete ou oito músicas que tinham escrito e não conseguiam “encaixar” noutros projetos em que tocavam.

“Decidimos gravar em minha casa um conjunto de músicas que, passado uns meses, saiu no EP que gravámos para a Optimus Discos. Era uma ‘demo’, uma maqueta, que acabou por ser o próprio EP, e começou a correr muito bem”, recordou.

Como o “feedback” foi “positivo”, decidiram focar-se mais no projeto e “arrancar com uma coisa a sério”.

“[Nessa altura], arrancámos como banda. No fundo a banda, banda, somos só nós os dois, temos depois músicos que tocam connosco ao vivo. Decidimos montar a banda com músicos convidados e tocar o EP ao vivo e começar a pensar como é que íamos fazer para gravar um disco”, disse.

As músicas do EP e do disco de estreia, todas cantadas em inglês, são da responsabilidade dos dois. “As letras são minhas e os arranjos do Bruno”, afirmou.

O primeiro tema de “Parasol” a ser criado foi o primeiro do alinhamento, “Mr Williams”, “que é sobre a pessoa mais desajeitada e com mais azar no mundo inteiro. Pelo menos ele acha que é, mas na verdade não é”.

“Em vez de perder algum tempo a apreciar as coisas que estão à volta dele, passa o tempo a queixar-se e parece que o mundo vai acabar por tudo e por mais alguma coisa”, contou João Correia.

As letras das outras músicas do alinhamento acabaram por focar-se todas nesta personagem, e o tema “acabou por evoluir em várias canções, umas sobre amor, outras sobre fé e sobre tudo e mais alguma coisa”.

Além da ligação entre as letras dos nove temas, João Correia e Bruno Pernandas têm uma “obsessão” em tentar enquadrar “a 100 por cento” as palavras “com os arranjos, progressões harmónicas e melodias”.

“Na nossa cabeça tem que fazer todo o sentido. A letra não pode falar de um assunto e a parte instrumental levar para outro universo completamente diferente”, referiu o músico.

João Correia, escreveu as letras de “Parasol” enquanto ouvia Beach Boys, The Beatles, Chico Buarque e Les Baxter, e assume que isso se nota no disco.

“Nós temos muita influência de música brasileira e para alguns dos temas do disco o Bruno sugeriu fazermos uns arranjos numa onda mais tropical. Depois temos também aquelas influências rock de arranjos óbvios e melodias e arranjos simples. Beach Boys e The Beatles para mim são as melhores bandas de sempre de rock, acho que nunca vai haver melhor”, disse.

João Correia define os Julie and the Carjakcers como uma “banda Disney, que agrada a toda a gente, tal como os filmes da Disney que vai a família toda ao cinema ver”.

Ouça-os na Bomdia.fm, a rádio do BOMDIA.

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