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Joaquim Agostinho continua a ser lembrado no Tour

A etapa do Tour de sexta-feira fez quase lembrar aquelas corridas de Fórmula 1 em que se está mais tempo a filmar os corredores a meio da classificação do que propriamente os que vão na frente. E quando acontece isso? Quando a meio vão os principais candidatos ao título, neste caso Fabio Aru e Chris Froome. A três quilómetros do final, o inglês atacou mas o italiano, qual Bonucci (o defesa que foi a transferência mais louca do mercado do futebol este ano, da Juventus para o AC Milan) sobre rodas, agarrou-se ao adversário e não largou.

Aru conseguiu defender ontem a amarela, mas este sábado a história foi outra: mesmo numa etapa de transição, o britânico aproveitou a pequena subida no final da prova para recuperar a liderança da prova, beneficiando do inesperado atraso do transalpino, que bem queria andar mais mas não tinha resposta das pernas.

Mas no dia 15 de julho, a curva será sempre de Joaquim Agostinho, que venceu no longínquo ano de 1979 a etapa no Alpe d’Huez que lhe valeu mesmo uma estátua no local, como forma de homenagear o melhor ciclista português de todos os tempos.

Chamavam-lhe ‘Emigrante da bicicleta’. Por ter começado tarde na modalidade, em Brejenjas (Torres Vedras), Tino caía demasiadas vezes por não possuir a técnica apurada de outros (daí nasceu mais uma alcunha, o ‘Quim das Cambalhotas’), mas eram raros aqueles que conseguiam detetar alguém com tanta força e carisma nos anos 70 na Volta a França, a grande montra do ciclismo mundial. Ao todo, venceu cinco etapas do Tour (uma seria retirada mais tarde, por ter acusado positivo num teste anti-doping), a mais emblemática das quais em Alpe d’Huez, no ano em que repetiu o terceiro lugar da geral de 1978.

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