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Irmãos portugueses combatentes do Estado Islâmico estarão mortos

Os irmãos Celso e Edgar foram dados como mortos na Síria, revela o jornal Expresso. Os dois portugueses eram jiadistas que combatiam pelo autodenominado Estado Islâmico (Daesh). Em Raqqa eram conhecidos pelo seu nome de guerra, Abu Issa Al-Andalus e Abu Zacarias Andalus, considerados peças “influentes” na hierarquia da organização terrorista.

A informação foi confirmada por fontes oficiais e informais que não adiantaram pormenores sobre a causa das mortes dos dois portugueses que ainda há poucos anos moravam em Massamá (Sintra).

O Expresso sabe que Celso, o mais novo, terá sido o primeiro a perder a vida. Mais recentemente foi Edgar que foi dado como morto. Terão morrido durante combates no terreno contra tropas curdas ou sírias.

A instabilidade na região, bem como o perda progressiva de território dos islamitas radicais e a própria contra-informação da propaganda do Daesh não permite que as mortes de jiadistas estrangeiros sejam 100% confirmadas. Mas existem dados “muito consistentes” que dão como reais estas duas baixas de guerra.

No final dos anos 90 e início dos 00, durante a juventude, em Massamá, fizeram parte de um grupo de break-dance, chegando a gravar uma canção com um conhecido grupo de hip hop e a aparecer num programa de televisão como bailarinos.

Foram depois trabalhar para Londres na zona de Leyton e acabaram por se converter ao lado mais radical e obscuro do Islão.

Entre 2012 e 2013, juntamente com outros portugueses, lideraram uma pequena mas influente célula localizada no Reino Unido: a rede de recrutamento de jovens muçulmanos para a Jihad começava em Leyton, passava pela casa de recuo na linha de Sintra, onde esconderam alguns radicais ingleses, e acabava no aeroporto internacional de Istambul.

Edgar (ou Abu Zacarias Andalus) ganhou experiência para-militar em África, onde se juntou a uma milícia do grupo radical Al-Shabaab na Somália e na Tanzânia. Já na Síria, no coração do Daesh, comunicava com frequência com extremistas islâmicos que se encontravam fora do califado. O português seria um dos cérebros dos radicais, um estratego.

Em março de 2014, Celso (ou Abu Issa Al-Andalus) divulgou no YouTube uma mensagem em língua inglesa, de cara tapada, a apelar aos muçulmanos de todo o mundo para se alistarem no exército fundamentalista. Foi reconhecido pelos serviços de informações pela voz e pelo sotaque português.

A 12 de novembro de 2015, um dia antes dos atentados do Daesh em Paris que mataram 130 inocentes, os dois irmãos surgiram num outro vídeo de propaganda, desta vez de cara destapada, a fazer apologia ao terrorismo. Também em língua inglesa.

 

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