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Iberian Historic Endurance terminou no Estoril com muita chuva

Os 250 KM do Estoril para o Iberian Historic Endurance marcaram o final de temporada do Iberian Historic Endurance. Com uma corrida a lembrar os grandes confrontos de resistência do passado, mais de 100 pilotos participaram num desafio exigente em que Francisco Albuquerque, no imponente Ford GT40, se destacou. O desafio teve o seu final antecipado devido a um acidente que envolveu cinco viaturas e levou a direcção de corrida a mostrar a bandeira vermelha.

Mais de 50 formações reuniram-se no Autódromo do Estoril para a última corrida do ano do Iberian Historic Endurance. Num paddock extremamente rico e variado, com automóveis tão interessantes como o Ford GT40, inúmeros Porsche 911, três De Tomaso Pantera, dois Lotus Elan, um Mini Cooper S MK3 ou um Datsun 1600 SSS, os mais de 100 pilotos marcaram presença para festejar, em competição, o final de uma temporada que ficou marcada pelas verdadeiras demonstrações de paixão pelo desporto automóvel e o espírito club racing tão distintivo.

A sessão de treinos cronometrados, que serviu para definir a grelha para o desafio de 250 quilómetros que se realizaria ao final da tarde, foi dominada pela dupla Detlef Von de Lieck/Ralf Kelleners, que se impôs entre os H1976. Entre os concorrentes de HGTP, Michiel e Fritz Campagne estiveram em destaque com o Chevrolet Corvette GrandSport. A sessão foi bastante animada, nomeadamente na categoria H1965, em que Max Boodie esteve muito forte com o Shelby Mustang, mas com Harmen Van Putten, em modelo semelhante, logo atrás. No particular que colocou em confronto viaturas da classe H1971, Miguel Vaz e Fernando Soares, em Datsun 1600 SSS 510, conseguiram um resultado brilhante e obtiveram o nono tempo numa hipotética classificação absoluta.

Definidas as posições para a partida que teria duas horas de duração ao final do dia, as equipas prepararam-se para a homenagem sentida a uma das figuras incontornáveis do desporto automóvel português. António Peixinho foi alvo de um tributo, com todos os concorrentes em pista.

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Feita a cerimónia, seguiu-se uma partida ao estilo Le Mans, com os pilotos a correrem para os seus automóveis e a arrancarem para a competição. A pista estava molhada mas, sem chuva, começou a secar. Foi durante o primeiro turno que Miguel Moreno e Mário Silva, em competitivo Porsche 911 RS, assumiram o primeiro lugar e estiveram na frente da corrida. Mas com a mudança de turno, a formação lusa viu a concorrência aproximar-se e a dupla espanhola Alfredo Martinez/Jesus Fuster (Porsche), conseguiu passar para a liderança, embora não tivesse descanso devido à pressão feita por Max Boodie (Shelby Mustang), Francisco Albuquerque (Ford GT40) e os anteriores líderes.

Foi então que as nuvens que circundavam a pista do Estoril se aproximaram e a chuva começou a cair copiosamente. As condições no traçado tornaram-se extremamente difíceis. A equipa Luis Lopez/Alvaro Rodriguez (Porsche), que procurava recuperar na classificação, não evitou um pião e ficou atravessado em plena recta da meta. Houve dois automóveis que não evitaram o choque com o Porsche da formação espanhola. A direcção de corrida suspendeu a corrida, mas já sobre bandeiras vermelhas mais duas equipas atingiram o Porsche 911 3.0 RS.

A corrida foi dada por terminada naquele momento e as formações Lopez/Rodriguez, Guilhermo Velasco, Gomes/Claridge, Martinez/Fuster e João Vieira, foram encaminhadas para o centro médico. Duas foram, posteriormente observadas numa unidade hospitalar perto do circuito mas, felizmente, os feridos foram todos ligeiros e já regressaram a casa

Diogo Ferrão, organizador do Iberian Historic Endurance, não desejava terminar o ano desta forma. “Como é sabido, tivemos um grande acidente no final da corrida. Felizmente, todos os pilotos tiveram alta hospitalar ainda ontem. Todos sabemos que o desporto motorizado comporta perigos. Não o podemos negar. Contudo, o que aconteceu nesta corrida ultrapassa os perigos normais e iremos equacionar novas medidas para evitar que situações como estas se possam repetir.

Este acidente vem, sem dúvida, dar um final amargo a uma época de sonho, com grelhas esgotadas e cada vez mais equipas internacionais a competirem connosco. Brevemente será apresentado o calendário do próximo ano, assim como algumas alterações regulamentares.”, afirmou o responsável.

No final da corrida, Francisco Albuquerque foi declarado vencedor entre os HGTP, enquanto Max Boodie, que ficou em segundo, concluiu o desafio como primeiro dos H1965. Apesar do acidente, a equipa Martinez/Fuster triunfou entre os H1976 e Rob Bergmans, em Iso Revolta, ficou em nono e foi o melhor dos H1971.

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