O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa comemora-se este domingo, num ano que fica marcado por um declínio global na garantia do exercício livre do direito-dever de informar, refere um comunicado do Sindicato de Jornalistas portugueses.
No documento, que é também subscrito pela Associação Portuguesa de Imprensa, as duas organizações citam o relatório anual da organização de defesa de direitos humanos Freedom House, que concluiu que a liberdade de imprensa registou, em 2014, os piores resultados da última década.
E ainda que a Europa seja a região do mundo com melhores resultados, foi na Europa que se registou o pior declínio dos últimos dez anos ao nível da liberdade de imprensa, com Portugal a surgir em 25.º lugar da tabela, acrescentam.
O direito à diferença é o lema das comemorações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa – que se assinala desde 1993 — com o objetivo de chamar a atenção de jornalistas, editores e proprietários de órgãos de comunicação social para a importância de preservarem a liberdade de imprensa no exercício das suas profissões.
Pretende-se também chamar a atenção dos cidadãos para as violações e ameaças à liberdade de imprensa, acrescenta o comunicado.
Nesse sentido, o Sindicato dos Jornalistas e a Associação Portuguesa de Imprensa (API) associam-se ao Dia da Diferença, organizado pela Plataforma de Bruxelas para o Jornalismo, juntando-se, entre outras, à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e à Associação Mundial de Jornais (WAN-IFRA).
“Quão perigosos são os cartoons?”, “Uma editoria Europa em cada jornal”, “Quão perigoso é o jornalismo” e “Pode o jornalismo de investigação mudar o mundo?” são alguns dos temas a debater, no domingo, em Bruxelas no âmbito do Dia da Diferença.
“Deixem o Jornalismo prosperar! Rumo a uma melhor comunicação, à igualdade de género e à segurança mediática na era digital”, por seu turno, é o lema da mensagem deste ano das Nações Unidas para o Dia da Diferença.
No domingo, a Associação Mundial de Jornais lança o sítio www.softcensorship.org, uma conta no Twitter – @softcensorship — e a campanha #SoftCensorship, de modo a criarem uma plataforma de intervenção pela liberdade de imprensa.