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Guterres pede a empresários portugueses que sigam caminho mais sustentável para redução das emissões de carbono

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, encorajou esta quinta-feira os empresários portugueses a seguirem um “caminho mais sustentável”, reduzindo ainda mais a emissão de carbono e investindo em energias renováveis.

Foi através de uma curta mensagem de vídeo que o secretário-geral das Nações Unidas se dirigiu aos empresários que hoje de manhã se reuniram no auditório do edifício da EDP, em Lisboa, onde está a decorrer a Conferência Anual do BCSD 2017, intitulada “Como crescer e criar emprego numa economia neutra em carbono? Pensar Portugal em 2030”.

“Encorajo a aumentar a vossa missão, reduzindo a emissão de carbono, investindo em energias renováveis e outras inovações”, instigou o secretário-geral da ONU, sublinhando a necessidade de seguir “um caminho mais sustentável.

António Guterres saudou o trabalho desenvolvido pelo BCSD – uma associação que representa empresas que se comprometem ativamente com a sustentabilidade – e sublinhou que a aposta numa economia neutra em carbono “não poderia ser mais oportuna”.

Também presente na conferência, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, também saudou o trabalho desenvolvido pelo BCSD e lembrou os projetos do Governo para atingir a neutralidade carbónica antes de 2050.

“Hoje já produzimos mais riqueza com menos emissões, mas é necessário fazer mais”, defendeu o ministro, sublinhando que “não pode haver crescimento económico nem redução de desigualdades sem políticas de longo prazo de neutralidade carbónica”.

João Matos Fernandes defendeu a necessidade de quebrar com alguns projetos políticos do passado, criticando os partidos de direita por se distanciarem das questões ambientais: “Esse caminho exige fazer opções e, em alguns casos, criar disrupções com o passado. Abandonar modelos de desenvolvimento assentes em energias fósseis e apostar de forma inequívoca nas energias renováveis, na eficiência energética e na mobilidade elétrica”.

Entre as medidas do atual executivo, o ministro lembrou o início “de forma paulatina e cautelosa” do processo de eliminação de incentivos para o uso do carvão na produção de eletricidade e a promessa de começar, no próximo ano, “uma reflexão profunda sobre a fiscalidade ligada aos combustíveis fosseis”.

“Estas são iniciativas que visam alinhar o sistema fiscal com o objetivo de descarbonizar a economia portuguesa dando um sinal à economia do caminho que queremos prosseguir”, disse, voltando a reforçar a ideia de que a descarbonização é uma das prioridades da sua equipa.

O ministro sublinhou ainda que “Portugal é um país com provas dadas” e “de ataque” em matérias de políticas climáticas, dando como exemplo o cumprimento das metas definidas no protocolo de Quioto.

A conferência de hoje contou com a presença de António Mexia, presidente da Direção do BCSD Portugal e presidente do Conselho de Administração Executivo da EDP, assim como de Peter Bakker, presidente e CEO do World Business Council for Sustainable Development e Skip Laitner, anterior presidente da Association for Environmental Studies and Sciences.

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