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Guatemala: vulcão Pacaya

Mesmo no coração da América Central, a Guatemala está rodeada pelo México, Belize, Honduras e El Salvador. Com uma área um pouco maior do que a de Portugal, este país possui 33 vulcões, dos quais três estão ativos, nomeadamente o Fuego, o Santiaguito e o Pacaya.

Sendo que o vulcão Pacaya é o mais próximo da cidade de Antigua, decidimos comprar uma excursão para o dia seguinte. Um outro motivo para esta visita, era tentar finalmente ver lava, pois este vulcão tinha entrado em erupção há uns meses atrás. No dia seguinte, acordámos de madrugada para tomar o pequeno-almoço e esperar pela carrinha que nos iria levar com outros viajantes até ao início da subida ao vulcão. Apenas quarenta quilómetros separam Antigua de Pacaya. Malgrado a curta distância, o acesso era um consideravelmente complicado, com estradas em forma de serpente. Ora uma curva apertada para direita, ora outra curva apertada para a esquerda.

E assim foi a partir de uma certa altura, onde o condutor apenas usava a primeira mudança.

As estradas também não colaboravam em nada. Pejadas de buracos em terra batida e com imensos calhaus, tudo estava a favor da natureza para uma locomoção tão lenta.

Passado algum tempo, chegámos por fim ao local onde se inicia a subida ao vulcão.

Alguns nativos alugavam cavalos, facilitando deste modo algumas subidas bastante clivosas e arrevessadas.

Ao longo do trilho, os imensos pedregulhos dificultavam-nos uma progressão contínua e corrente.

Contudo, todo o esforço durante quase duas horas valeu bem a pena, quando alcançámos o topo do vulcão.

À nossa volta, uma imagem monocromática, sem qualquer tipo de vegetação ou sinal de vida, fazia-nos crer estarmos na lua.

66584_3824190518866_1093587446_nInfelizmente, já não era possível ver lava vermelha a escorrer.

No seu lugar, as numerosas rochas, outrora lava vulcânica que solidificou, marcavam presença neste imenso deserto de terra preta.

Em alguns orifícios saíam vapores quentes e até tivemos a experiência de entrar numa dessas fendas e sentir todo o calor e vapor, como se estivéssemos numa sauna.

O guia que nos acompanhava desde a cidade de Antigua era bastante simpático e atencioso.

Chamou o grupo de turistas e fez algo que me deixou bastante espantado.

Tirou da mochila alguns marshmallows, que são guloseimas esponjosas, e colocou-as na ponta de uma estaca. De seguida colocou a tal estaca com as guloseimas numa pequena brecha de onde saía vapor e passados alguns segundos tínhamos marshmallows assados.

Olhando à minha volta, todos os nativos faziam o mesmo. Certamente uma prática já bastante costumeira por estas bandas.

A verdade é uma. Se todos os restaurantes tivessem um fogão destes, ninguém esperaria horas por uma refeição. Bastava dizer que se tem fome e a comida seria feita num piscar de olhos.

Com 2552 metros de altitude, a vista era absolutamente compensadora. Um autêntico regalo para os nossos olhos onde a máquina fotografia não tinha qualquer tipo de descanso.

Indubitavelmente um lugar único e peculiar que nunca mais esquecerei.

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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