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Greve na TAP: sindicatos e empresa não se entendem nem no número de voos anulados

A TAP realizou, até às 19:00 de hoje 70% dos 272 voos programados para domingo, o que equivale a 189, tendo sido cancelados 83, a maioria dos quais da Portugália, revelou um porta-voz da empresa.

Segundo André Serpa Soares, “a TAP realizou 163 voos, 31 dos quais abrangidos pelos serviços mínimos, e cancelou 45, enquanto da PGA foram realizados 26 e cancelados 38”, o que confirma a tendência de uma maior adesão à greve por parte dos pilotos da Portugália.

A mesma fonte sublinhou que “se realizaram 70% dos voos previstos até às 19:00”, sendo o total de voos do dia “cerca de 300”.

O porta-voz da TAP acrescentou ainda que, “a cada dia que passa, a situação piora, na medida em que aumenta o número de passageiros afetados”.

Questionado pela Lusa sobre a possibilidade de o número de voos cancelados aumentar ao longo dos dez dias de greve por necessidade de respeitar o tempo de descanso dos pilotos, André Serpa Soares afirmou que o problema não se coloca, “porque os pilotos de serviço não são sempre os mesmos”, prevendo-se que “a tendência para a realização de 70% dos voos se mantenha na segunda-feira”.

“Na TAP é escrupulosamente respeitado o tempo de descanso obrigatório dos pilotos. Não são violados os regulamentos de segurança de voo”, garantiu o porta-voz da companhia aérea, reforçando que a empresa é “intransigente” nessa matéria.

O que tem sucedido é que, “até hoje, têm-se apresentado ao serviço pilotos em número suficiente para assegurar aquela percentagem de voos”, afirmou.

Mas a greve dos pilotos da TAP levou ao cancelamento de 50% dos voos planeados, até às 18:00, e a estimativa é que se atinja 70 a 80%, afirmou o diretor do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC).

“A adesão está a evoluir no sentido esperado e, na PGA [Portugália], os voos cancelados superam os 90%”, afirmou Miguel Sêrro, diretor do SPAC.

No terceiro dia de greve dos pilotos da transportadora aérea portuguesa, o sindicato lamentou que a empresa esteja a utilizar entre 190 e 200 “pilotos que pertencem à estrutura de chefia [como por exemplo instrutores, verificadores, chefes de pilotos]”, conseguindo, com isso, “viabilizar a operação durante os primeiros dias”.

Numa conferência de imprensa realizada ao final da tarde de hoje, Miguel Sêrro afirmou-se “disposto a qualquer negociação” com o Governo em relação às exigências dos pilotos face à privatização da empresa.

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