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Greve do Metro de Lisboa desconvocada

 A greve do Metropolitano de Lisboa agendada para terça e quinta-feira, que decorreria em pleno período de realização da Web Summit, foi desconvocada, disse à Lusa Nuno Fonseca, do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes.

Em declarações à Lusa, Nuno Fonseca avançou que a greve foi hoje desconvocada após um plenário de trabalhadores.

“Ontem [domingo] recebemos uma proposta do Conselho de Administração em relação às negociações que estavam a decorrer. A proposta foi hoje sufragada em plenário geral de trabalhadores e, apesar de não ir de encontro à totalidade das pretensões dos trabalhadores, foi aprovada pelos mesmo e dá azo a que se desconvoquem as greves que estavam anunciadas para seis e oito deste mês”, explicou o sindicalista.

De acordo com Nuno Fonseca, foi igualmente desconvocada uma “greve ao tempo extraordinário” que está a decorrer.

Segundo o sindicalista, o acordo aceite pelos trabalhadores “visa a paz social nos próximos meses”, descartando haver em cima da mesa “negociações ou reivindicações”.

“Não sendo o acordo ideal, vai de encontro a algumas pretensões dos trabalhadores e neste momento não se avizinha mais nada, nem protestos, nem formas de luta”, frisou.

O sindicalista escusou-se a revelar detalhes do acordo entre o Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa e o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes.

No último protesto, a 18 de outubro, os trabalhadores do Metro estavam contra a discordância com a proposta de atualização salarial plurianual de 24,50 euros para os anos de 2018 e 2019, apresentada então aos representantes sindicais pelo conselho de administração.

Numa nota, a administração da empresa confirmou que o Metropolitano irá “operar nas suas condições normais de funcionamento, não se prevendo qualquer perturbação”, registando “com muito apreço a conclusão do Processo de Negociação Coletiva para os anos de 2018 e 2019” e perspetivando “um ciclo de paz social duradoura que permitirá à empresa melhorar a sua organização”.

“Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa souberam, uma vez mais, estar à altura da relevância que a empresa tem vindo a assumir na mobilidade da região de Lisboa, evidenciando um sentido de responsabilidade no tocante às funções que diariamente desempenham e que contribuem para o desenvolvimento de Lisboa e para o bem-estar dos que, por qualquer razão, necessitam de se deslocar na cidade”, afirmou a empresa, salientando que transporta mais de meio milhão de clientes por dia.

Os trabalhadores do Metro tinham agendado um protesto para terça-feira, seis de novembro, dia em que têm início as palestras na cimeira tecnológica, de inovação e empreendedorismo Web Summit, em Lisboa, e outro para quinta-feira, último dia do evento.

A cimeira nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa, devendo permanecer até 2028 no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na Feira Internacional de Lisboa (FIL), decorrendo entre até quinta-feira.

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