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Futebol: os Sub-21 vencem e lideram o grupo

A seleção portuguesa de sub-21 ascendeu hoje à liderança do grupo 4, repetindo o triunfo da primeira jornada de qualificação rumo ao Europeu de futebol de 2017, ao bater a Hungria por 2-0, num jogo disputado em Penafiel.

O ‘capitão’ Bruno Fernandes quebrou a resistência dos húngaros aos 35 minutos, com um remate forte e colocado à entrada da área, e Gonçalo Paciência, já na segunda parte, aos 56, confirmou o triunfo, a concluir uma jogada de compêndio, que envolveu ainda Rony Lopes, Bruma e Rafa.

O merecido triunfo dos vice-campeões europeus em título peca até por escasso e explica-se pela melhor qualidade dos seus executantes, face a uma Hungria forte fisicamente, que povoou o meio-campo e procurou fechar espaços nas laterais, por onde Bruma e Iuri Medeiros faziam estragos, mas revelando uma claro défice de qualidade.

A exceção na equipa magiar chama-se Kleinheisler e fez jus à camisola 10 que enverga, pertencendo-lhe o lance mais perigoso da equipa em todo o jogo, quando, aos 16 minutos, numa jogada individual em diagonal, da direita para o meio, deixou para trás três adversários e errou por pouco a baliza de Bruno Varela.

Esta ameaça ainda com o resultado em branco fez despertar os comandados de Rui Jorge, que hoje alcançou o 18.º triunfo no comando dos sub-21, que na primeira fase de jogo usaram e abusaram dos lançamentos longos para os extremos, acusando a falta de um Rony Lopes mais em jogo, que fizesse a ligação entre o meio-campo e o ataque.

Iuri Medeiros e Gonçalo Paciência combinaram por duas vezes com perigo, aos 18 e 34 minutos, mas o golo acabou por não surgir, tal como já tinha acontecido num livre de Bruno Fernandes, aos 27, que atirou direto quando todos pensavam no centro para a área, obrigando o guarda-redes húngaro a uma defesa de recurso.

Este lance foi um teste para o tento inaugural, resultante de uma arrancada de Cancelo pela direita, com o passe para Bruma intercetado pela defesa para a entrada da área, zona onde Bruno Fernandes, na passada, ‘encheu’ o pé e desfez a igualdade.

Antes do intervalo, Gonçalo Paciência testou os reflexos de Gergely Navy, após triangulação com Bruma.

Rui Jorge corrigiu posicionamentos ao intervalo, fazendo recuar Rony, para organizar o jogo ofensivo, beneficiando do trabalho de cobertura defensiva de Rúben Neves e ainda de Bruno Fernandes, e os resultados não se fizeram esperar.

Aos 56 minutos, o futebolista do Mónaco arrancou do meio-campo em velocidade, deixou vários adversários pelo caminho, combinou com Bruma, num lance em que Rafa também foi interveniente antes do esforçado Gonçalo Paciência emendar o centro, estabelecendo o resultado final.

Até ao final, a Hungria, sem nunca entregar os pontos, tentou mais não sofrer mais golos do que reduzir a desvantagem, face ao caudal de ataque de Portugal, com o estreante Gonçalo Guedes, do Benfica, a enviar ainda uma bola ao poste, num dos últimos lances do jogo.

Declarações prestadas após o jogo:

Rui Jorge (selecionador de Portugal): “Ter conseguido os três pontos era o mais importante e conseguimos, mas, em relação à qualidade que queríamos, ficámos um pouco aquém. Ofensivamente, podemos fazer mais.

(Rui Jorge não perde um jogo à frente dos sub-21 desde 2011) Esta série, que para alguns vem do ano passado e para outros vem desde a Albânia, é boa e todos querem manter este registo, mas a nossa prioridade é sermos primeiros do grupo.

Falar do Gonçalo Guedes (que hoje se estreou oficialmente pelos sub-21) é falar do exemplo de todos os outros. Estou satisfeito pelo trabalho dele nos treinos e em resultado do que tem feito no seu clube, e fez um jogo normal, junto de colegas que conhece.

É uma boa marca (Rui Jorge completou hoje 25 jogos oficiais à frente dos sub-21), mas os jogadores têm correspondido. Não trabalho sozinho. Jogadores de qualidade permitem isso, treinadores de qualidade nas seleções e nos seus clubes permitem isto e, depois, tentamos prepará-los para cada jogo.

Mais do que dizer que somos favoritos, é importante o que demonstrámos em cada jogo. Para quem nos defronta, acredito que seja motivo de preocupação defrontar-nos.

Queria ainda aproveitar para agradecer o apoio das pessoas. Para os sub-21, jogar num estádio cheio é uma alegria enorme, e, para quem esteve hoje aqui, será um marco para daqui a alguns anos, porque estes são os jogadores que no futuro nos irão representar.”

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