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EXPO 2015 abre portas em Milão sem Portugal

Abriu portas esta sexta-feira, 01 de maio, a EXPO 2015 de Milão, em Itália. Esta é uma exposição global na linha da que Portugal organizou, em 1998, com a diferença da de Lisboa ter sido mundial e a milanesa ser universal, ou seja, maior e mais dispendiosa.

Com a “Alimentação” como tema, a EXPO Milão é composta por 145 pavilhões, representando 80 países, entre eles os lusófonos Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. O Nepal, que atravessa uma grave crise humanitária devido ao forte sismo que arrasou o país, também está representado, mas graças à Itália.

Na sequência da catástrofe natural do último sábado, 11 dos 13 trabalhadores que ultimavam o pavilhão nepalês decidiram regressar a casa. O país anfitrião decidiu assumir os trabalhos e preparar o pavilhão para o dia de abertura.

Pela segunda vez consecutiva, Portugal está ausente de uma exposição global depois de já ter falhado a EXPO 2012, na Coreia do Sul. Há três anos, o Governo de executivo PSD/ CDS-PP responsabilizou o antecessor, liderado por José Sócrates (PS), pela falha de não ter orçamentado essa participação. Este ano, a decisão de não estar presente coube ao Ministério da Agricultura.

“Não era realmente possível ter ido a Milão, nas circunstâncias orçamentais que Portugal tinha”, justificou, em fevereiro, Paulo Portas, o atual vice-primeiro-ministro.

Embora Portugal não esteja oficialmente representado nesta EXPO 2015, curiosamente um dos voos da TAP que teve luz verde para partir esta sexta-feira — primeiro de 10 dias de greve dos pilotos da companhia portuguesa — teve como destino Milão e sofreu apenas 20 minutos de atraso.

Espetáculo no recinto, fogo na cidade

Na expectativa de receber 20 milhões de visitantes nos seis meses em que vai estar aberta, a EXPO 2015 foi inaugurada esta sexta-feira de manhã com a presença do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, e contou ainda com uma mensagem por videoconferência do Papa Francisco.

O chefe de Governo apontou a um maior esforço para acabar com a fome e progressivamente reduzir os desequilíbrios no Mundo. “Hoje começa o amanhã. Arrancamos com as contradições de um planeta que precisa de ser alimentado, mas que vive num absurdo desequilíbrio. Muitos milhões de pessoas continuam a morrer de fome, mas outros tantos milhões continuam a comer demais ou o que não devem”, afirmou Renzi.

A mensagem proveniente do Vaticano foi na mesma linha. “A EXPO é uma ocasião propícia para globalizar a solidariedade. Não podemos desperdiçar esta oportunidade, mas sim valoriza-la plenamente”, afirmou o Sumo Pontífice.

Mas nem tudo são rosas, esta sexta-feira, em torno da EXPO 2015. Nas ruas de Milão, vários protestos contra a organização desta exposição global degeneraram em violentos confrontos entre a polícia a alguns manifestantes mais radicais vestidos de negro e de cara tapada.

Ao arremesso de pedras, petardos e aos atos de vandalismo que se fizeram sentir caixotes do lixo incendiados, montras partidas e carros de gama média alta e alta danificados, as forças da ordem responderam gás lacrimogéneo.

O grupo que provocou os confrontos encontrava-se na parte final de uma manifestação pacífica contra o gasto de dinheiro público, o recurso a trabalhadores precários para montar a exposição e a escolha de como cadeias multinacionais de comida rápida para patrocinar um evento que se assume de promoção a uma alimentação saudável para todos.

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