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Europa acorda

A insanidade terrorista não poupa nada, nem ninguém. Nem mesmo as crenças, que se alheias, são para quem vive no fanatismo medieval de inspiração islâmica um inimigo em si mesmo. Na Europa foi atacada a Igreja. E um padre foi torturado e assassinado. O terror mede-se pelo número das vítimas, ou pela precisão da mensagem. Neste padre, quiseram sinalizar o cristianismo como inimigo, onde esta fé predomina.

Há muito que a perseguição aos cristãos se conta em milhares de mortos no Afeganistão, Paquistão, Nigéria, Turquia, Líbano, Síria, Iraque, Líbia, Níger, Eritreia e muitos outros países de maioria ou predomínio muçulmano. O imenso Islão moderado argumenta que prega a paz. Mas o que é facto é que se encontra na sua afirmação radical, mesmo se residual, o denominador comum de muitos terroristas nascidos dentro e fora de solo europeu, inspirados ou doutrinados no fanatismo marginal do Daesh, Al-Qaeda, Boko Haram, Jamaat-ul-Ahrar, e todos quantos veem na fé o falso pretexto para assassinar pessoas.

Aviões e aeroportos, comboios, prédios, estações de metro, restaurantes, casas de espetáculo, supermercados, instalações desportivas, hotéis, redações de Imprensa, tudo serve de alvo, desde que facilite a matança. E pretender-se, como a eurodeputada Ana Gomes afirmou em comentários, que o terrorismo é um dos resultados das políticas de austeridade, resume numa frase o absurdo de algum pensamento político europeu, que persiste fraco e justificativo em proclamações românticas de circunstância e em contemporizações sociológicas, apesar das evidências que a realidade não nega.

Durante anos no Parlamento Europeu, eurodeputados, maioritariamente de Esquerda, bloquearam a aprovação do PNR, iniciativa destinada a continuar a permitir o registo de dados (detidos em grande parte pela agências de viagem) de passageiros de aviões, para combate ao terrorismo, sob pretexto da defesa do sacrossanto direito à salvaguarda dos dados pessoais e de argumentos tão tontos, como o de que “os terroristas não viajam de avião”. Nem de propósito, sobre a crise dos refugiados, o Alto-comissário da ONU António Guterres garantia em setembro que “quem quer pôr bombas vem de avião, não se mete em barcos que podem afundar”.

E na escalada da falta de senso, há também quem grite à Esquerda pelo fim dos “hotspots”, criados para filtrar à entrada da UE os requerentes de asilo, dos migrantes económicos e dos terroristas. Garantem, sem conhecer, que todos vêm por bem. Sublinhe-se que têm votos. E não são poucos.

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