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Estádio do Maracanã está abandonado. Saiba porquê

As autoridades brasileiras gastaram mais de 350 milhões de euros na renovação do Maracanã para o mítico estádio brasileiro ser palco do Mundial 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Hoje, o Templo do Futebol que foi palco do milésimo golo de Pelé (1969), de duas finais de Mundiais (1950 e 2014) e inúmeros jogos históricos e dos Jogos 2016 está ao abandono, sem manutenção, alvo de roubos, com lixo acumulado e no meio de um conflito entre a concessionária do espaço e o comité organizador dos Jogos Olímpicos do Rio, revela o Diário de Notícias.

Na última terça-feira, esta situação virou um caso de polícia. A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) denunciou o roubo de dois bustos de cobre, um deles de Mário Filho, o jornalista que dá nome ao estádio. Além disso, desaparecerem ainda várias televisões e uma mangueira de incêndio. Como a luz foi cortada em setembro, não há qualquer registo nas câmaras de circuito interno.

A Ferj está desdobrar-se em contactos para tentar resolver a situação, e ainda ontem manteve reuniões com as empresas que têm responsabilidades no estádio – Sunset (segurança), Binários (engenharia) e Greenleaf (relva). O próximo passo será conversar com o governo, pois é intenção da federação assumir a gestão momentânea do Maracanã para poder receber as finais do Campeonato Carioca.

As incertezas em torno do futuro do Maracanã estão a preocupar as autoridades e o mundo do futebol brasileiro, pois um imbróglio jurídico sem fim à vista promete complicar ainda mais a situação.

Em 2013, a exploração comercial e a administração do estádio foram entregues pelo governo do estado do Rio de Janeiro por 35 anos ao consórcio Maracanã S.A., liderado pela empresa de construção civil Odebrecht. Em março de 2016, e tendo em vista os Jogos Olímpicos, este consórcio cedeu o Maracanã ao Comité Organizador Rio-2016. Só que no momento da devolução do estádio a empresa detentora dos direitos de exploração não aceitou por considerar que o recinto não estava nas condições de conservação em que tinha sido cedido. Agora assiste-se a um jogo do empurra de responsabilidades, com o governo do Rio de Janeiro e a Maracanã S.A. a culparem o Comité Organizador Rio-2016.

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