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Criança atinge amigo na cabeça com arma ilegal

Uma criança de nove anos foi atingida com um tiro na cabeça por um revólver de calibre de guerra, disparado por um amigo de 12 anos. Os dois estariam a brincar na casa dos tios da vítima, na Rua Henrique Teixeira, em Merelim S. Paio, em Braga.

A criança ferida deu entrada no Hospital de Braga em estado crítico e foi transportada, horas depois, para o Hospital de S. João, no Porto, com prognóstico muito reservado.

Rúben Ralha, a vítima, estava na casa dos tios com um amigo, Paulo Rodrigues, como habitualmente acontecia no final das aulas. A tragédia, por volta das 16.30 horas, terá acontecido durante uma brincadeira na garagem. “O meu neto só disse que podia qualquer um ter disparado. Os dois já tinham pegado na arma, tinham encontrado aquilo no meio das ferramentas”, contou ao JN o avô de Paulo, Domingos Dias, transtornado.

A mãe de Rúben chegou poucos minutos depois à casa dos familiares. A notícia de “uma tragédia” chegou ao cabeleireiro de que é proprietária pela vizinha dos tios, onde tudo aconteceu. “Quando entrámos em casa vimos a tia com o menino nos braços e ele baleado na cabeça. Não sangrava, parecia só uma ferida”, descreveu Natália Primo, amiga de Elisabete, mãe da criança.

“O meu filho, o meu filho!”, gritava a mãe na rua, enquanto uma equipa da VMER de Braga e a Cruz Vermelha de Amares prestavam socorro a Rúben. A criança, que tinha entrado este ano para o 2.º Ciclo do Ensino Básico, na EB 2,3 do Cávado, ia diariamente para a casa dos tios no final da escola e até dormia lá, ocasionalmente. “Os tios eram como segundos pais para ele”, frisa Natália.

O amigo Paulo, que morava a poucos metros do local do acidente, também era companhia assídua de Rúben. De acordo com o avô do primeiro, “andavam sempre juntos. Eram muito amigos e muito pacatos”. Paulo esteve resguardado várias horas na casa de um dos vizinhos, na companhia dos pais, e recebeu apoio psicológico dos profissionais do INEM. Do exterior, o JN testemunhou vários gritos da criança, em choque com o que tinha acabado de acontecer.

De acordo com o que o JN conseguiu apurar, o tio da vítima, reformado por ter deficiência física, acabou por ser detido pela Polícia Judiciária de Braga por posse ilegal de arma, um revólver de calibre de guerra, que motivou a tragédia.

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