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Costa, impostos, Carvalhas e a sexologia

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Em 2015 a conversa era outra. António Costa estava na Oposição e criticava o Governo de centro-direita, que acusava de ter ido além da troika, mesmo sabendo que cumpria o programa de ajustamento que Pedro Silva Pereira negociara em Bruxelas, mandatado por José Sócrates.

Em 2018, já primeiro-ministro e sem troika, enquanto ilude o país com a anedota da devolução de rendimentos às famílias, de uma assentada, quer que Bruxelas lance três impostos, a somar a todos aqueles que os contribuintes portugueses já pagam.

Este Governo não vai além da troika. Este Governo é a troika, sem troika.

Impostos que com os outros eram marcas de insensível austeridade, transformam-se em propostas visionárias sobre o futuro da UE.

Que diferença dos tempos do “não pagamos” e “estou a marimbar-me” para os bancos alemães, do “falar grosso” na Europa e da chanceler Merkel feita belzebu. Sem perceberem que se pode ser europeísta, sem ser vassalo, no PS desbaratam-se a retalho as funções soberanas do Estado, crentes nas maravilhas da transformação de uma nação com mais de oito séculos de história, numa pequena região europeia. À procura de estatuto e do elogio fácil vindo de Paris ou Berlim, António Costa já defendeu que Portugal seja representado no Mundo por embaixadores de Espanha, que os candidatos nacionais ao Parlamento Europeu sejam escolhidos pelos dirigentes de outros países e que Bruxelas partilhe da função basilar de um Estado lançar e cobrar impostos.

Entretanto, no BE silêncio. As maravilhas que um prato de burguesia partilhado à volta da mesa do poder é capaz. Luz verde para mais impostos e se vierem de fora, da UE que contestam em debates de faz-de-conta no Parlamento Europeu, também não tem mal

Amofinado por uma crítica sobre a afirmação ideológica que ensaiou, para justificação da quebra da demografia, Carlos Carvalhas ressentiu-se e no calor da resposta aventurou-se pela poesia erótico-parlamentar redigida sob pretexto das incidências do “coito”, enfunado das virtudes procriadoras dos garbosos comunistas. Para Carvalhas, a demografia distingue-se pela forma do “truca-truca”, que por seu lado tem partido.

Confessando desconhecer as peculiaridades da coletivização da “arte”, praticada à moda da velha cartilha dos sovietes, devo reconhecer que ao menos no que à demografia respeita, a abordagem causará menos dano do que outras práticas experimentadas no velho Bloco a Leste pelo qual o antigo dirigente do PCP suspira, da “grande purga”, à “grande fome” na Ucrânia.

Por isso… animem-se, camaradas!

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