O secretário de Estado dos Assuntos Exteriores espanhol, Ignacio Ybáñez Rubio, declarou hoje que o governo de Madrid encerrou em outubro um consulado em Valença do Minho porque este tinha muito pouca atividade.

“Estamos perante uma nova etapa geoestratégica, de racionalização dos gastos e de maior eficiência, pelo que se considerou conveniente o encerramento do consulado de Espanha em Valença do Minho”, disse Ybáñez Rubio na comissão de Assuntos Exteriores do Senado espanhol (câmara alta do parlamento).

O governante disse que as funções de notariado, documentação e vistos eram já realizadas no consulado do Porto e que mesmo no desempenho de tarefas de registo civil o consulado de Valença do Minho tinha números muito abaixo dos outros escritórios.

No que toca a registo civil, em 2010 o consulado de Valença do Minho inscreveu oito nascimentos, um casamento e seis óbitos, números que em média se mantiveram até 2013, quando o posto diplomático apenas inscreveu seis nascimentos, dois casamentos e um óbito, disse o secretário de Estado.

No que diz respeito ao apoio a “espanhóis em dificuldades”, nos últimos anos “não houve qualquer emergência consular grave na respetiva circunscrição”. Muitas consultas eram resolvidas de forma imediata – presencialmente, por telefone ou através de meios eletrónicos – salientou Ybáñez Rubio.

O secretário de Estado respondia a perguntas da senadora socialista María de los Ángeles Marra, que lamentou que a “racionalização de gastos” acabe por “afastar a administração dos cidadãos, centralizando [os serviços] e prejudicando-os gravemente”.