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Conselheira das comunidades: Venezuela arrisca guerra civil

A conselheira das comunidades portuguesas na Venezuela Maria de Lurdes Traça considerou esta quinta-feira que a situação no país “é muito grave” e que a população teme mesmo “uma guerra civil”. Este ano tem sido uma situação terrível porque tem-se agravado mais a escassez da comida, de medicamentos, os cortes de luz. Algumas zonas do país estão sete e oito horas sem luz e não quatro como anunciado”, disse Maria de Lurdes Traça, em declarações à Lusa à margem da reunião plenária do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP).

“[A situação] está insustentável e o nosso maior receio neste momento é que estejamos a caminhar para uma guerra civil. A situação é grave”, disse.

Mais de uma centena de pessoas tentou na quarta-feira pilhar um supermercado em Los Teques, a sul de Caracas, levando ao encerramento de vários estabelecimentos comerciais, com a imprensa local a dar conta de vários feridos e de pelo menos 50 detidos.

Segundo fontes da comunidade portuguesa local, a tentativa de pilhagem ocorreu depois da chegada de produtos de primeira necessidade que entretanto se esgotaram.

Por outro lado, na localidade de Bello Campo (leste de Caracas) ocorreu esta semana uma tentativa de pilhagem de uma sucursal da rede de supermercados Central Madeirense, propriedade de portugueses radicados na Venezuela.

Segundo a conselheira, a medida anunciada pelo Governo de que a administração pública passa a trabalhar apenas dois dias por semana para se poupar energia “não faz sentido porque está provado que as pessoas gastam mais luz em casa do que no trabalho”.

“Os empresários também se queixam e com toda a razão porque quem tem uma empresa, como muitos na comunidade portuguesa, têm que pagar aos empregados e praticamente mandá-los embora porque não têm luz para trabalhar”, disse a portuguesa, emigrada na Venezuela há 50 anos.

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