Investir em duas fases: pré-casamento e em-casamento.

Na fase pré-casamento é de extrema importância, para além do processo (quando, onde, quem, como), reflectir e analisar o casamento em conjunto: o que é o casamento, quais as partes interessadas e quais os resultados esperados?

Nesta fase de preparação é importante delinear em conjunto objectivos, áreas e alternativas e rever a história da relação conjunta nomeadamente áreas de acordo e objectivos comuns.

Na fase pré-casamento saber colocar questões abertas, antever perguntas e respostas e treinar a avaliação e controle de emoções como o stress, a ansiedade e a raiva, por um lado, e o entusiasmo e a excitação, por outro.

Treinar o verbal como o que dizer, mas também o não verbal, como o que ouvir.

Nesta fase é até possível criar um roteiro para um casamento forte: partida, meta, pontos de paragem e sequência, impasses e contrapropostas.

Na fase em-casamento é deveras relevante sentar-se à mesa e conversar de forma regular e com milestones e deadlines. Para isso nada como conhecer o seu próprio estilo e o do outro, saber quem melhor decide em caso de compromisso rápido e treinar a mudança de estilo. Entre os estilos temos o acelera, o apoiante, o controlador e o analítico.

O acelera foca o futuro, a inovação e a criatividade. O apoiante, por sua vez, realça o casal enquanto equipa, as pessoas, a humanização. O controlador baseia-se em números, dados, prazos e resultados. Por fim, o analítico agarra-se aos detalhes mas transmite confiança e segurança no seu discurso.

Nesta fase privilegiar sempre o brainstorm de soluções múltiplas e criativas bem como a abertura a renegociações e mediadores de desafios e conflitos como um psicólogo.

Nesta fase é bom lembrar algumas máximas para um casamento forte como privilegiar a decisão sob o ego, ceder e aceitar é sinal de maturidade, não irritar o outro ao ponto de ser abandonado, escuta activa, adversários mas nunca inimigos, pensar sempre na satisfação de ambos, e nunca assumir que cada um tem objectivos completamente opostos.

Num casamento forte há lugar para treino de auto-confiança, sociabilidade, controle de emoções e paciência.

Se pensarmos no casamento como uma arte (ex.: tocar piano ou viola) facilmente percebemos que é necessária muita dedicação, persistência, perseverança, método, disciplina, treino.

Hoje vivemos num tempo imprevisível, instável, cheio de mudanças rápidas, daí ser necessário rever de x em x tempo o acordo do casamento no que diz respeito a consensos e entendimentos para cooperação e satisfação de ambas as partes numa direcção favorável, evitando assim competição, litígios e impasses.

Se pensarmos numa lógica de parceria win-win, percebemos que um casamento forte implica emoções, raciocínio, estratégia, comunicação assertiva e eficiente, persuasão, planeamento, organização, disciplina, determinação, inovação, flexibilidade, confiança, naturalidade, calma, fluência e coerência de informação, e concentração e compreensão das questões e interesses da outra parte.