Coitadinho do Tony Carreira que é tão bonzinho, tão amigo de ajudar e andam uns tipos armados em intelectuais com a mania que não gostam da música dele! Na verdade, eu não tenho que gostar da música e da forma como um tipo canta essa música porque ele é boa pessoa, e de facto não aprecio Tony Carreira, e que eu saiba, isso não é pecado nem mau gosto.
Na minha família há um puto conhecido por Lima, que já adquiriu algum gosto musical e detesta as músicas dos irmãos Sobral, e sempre que um deles canta na rádio, o puto pede para mudar de estação.
São gostos, e o puto começa a revelar alguma consistência tanto mais que a mãe dele, rainha do karaoke que até ganhou um fim de semana em Cantanhede, passa metade da vida a cantarolar e motiva o Lima para a música. E o raio da mulher é assustadoramente eclética.
Ontem o Salvador Sobral teve o mau gosto de em pleno palco afirmar que o público até bateria palmas se ele tivesse a dar um peido! Visto por determinado prisma, Salvador desdenha o público e que certamente tivesse feito um instrumental só com peidos do “amar pelos dois”, também conquistaria a Eurovisão.
Tudo bem, não há crise! O facto de ter tido o mau gosto de ter proferido tal coisa, não faz dele um mau cantor nem um péssimo interprete, nem denigre a música e letra que merecidamente ganharam o Festival da Canção e a Eurovisão.
Faz apenas dele apenas um tipo que convive mal com a fama recentemente alcançada, faz dele um tipo que dá peidos e acha que as pessoas aplaudem, faz dele um tipo que desdenha o público que lhe garante o sustento.
Pelo menos canta bem, já não é mau! Quanto aos peidos, ele que dê os que quiser, e os cheire e a seguir bata palmas!