Chega a noite, essa insidiosa amante
que tudo nos susurra o que não quisemos ouvir. Causa favor nos nossos corações humanos, tão contrária a si mesma, porque só assim tudo faz sentido.
E os amantes e os verbos negados pelo silêncio dos lábios, amordaçados, sequestrados pelo vazio do não-ser,
não suportam mais existirem apenas
entre os interstícios dos átomos e,
longe dos barulhos do mundo e do bem-parecer,
gritam, proclamam: Eu sou!
JLC19042017
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