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Quando António Lobo Xavier afirma num espaço televisivo de acesso público que há um documento firmado e escrito, em que o Governo se compromete a que os novos administradores da CGD não necessitariam de apresentar declarações de rendimentos e património ao Tribunal Constitucional, para mim passo a acreditar, por todos e motivos e mais alguns, que existe mesmo esse documento.

O Governo também nunca desmentiu que não o exista, nem verbalmente!

Mas numa altura em que temos boas notícias para Portugal, e portanto também boas notícias para o Governo, com uma taxa de crescimento do PIB melhor do que era esperado, com o desemprego a diminuir, com o déficit controlado, com a garantia que Portugal não seria penalizado no acesso aos Fundos Comunitários, de repente, um assunto menor, torna-se o caso mais mediático do país e por favor não culpem outra vez a Comunicação Social que já tem as costas largas, suficientemente largas para arcar com mais de 50% das culpas da porcaria que os outros fizeram.

Na verdade está-se a tornar o assunto do momento porque o Governo está a fazer um “finca pé” desnecessário. Eu nunca votei PS, nesta altura a haver eleições não votaria PS, mas não por uma questão de incompetência porque incompetentes e competentes existem em todos os Partidos, mas sim, apenas por uma questão ideológica, e o Governo ao transformar algo pequeno em grande, e é este Governo o responsável, está a descapitalizar um momento que nas questões importantes até lhe é favorável.

Errar todos erramos, fazemos asneiras, fazem as pessoas dentro de casa e fora dela, fazem os gestores e o Governo, estamos sempre a errar e a acertar, mas a vida é assim mesmo porque apenas poucos de arrogam de “nunca errarem e raramente terem dúvidas”.

O Governo errou, combinou uma coisa e afinal a coisa tem que ser outra, agora está a sacudir a água do capote, que isto e aquilo, e desvia o assunto quando ao desviar o assunto, ao não querer falar dele, condena-o a que esse assunto seja o tema do momento.

“Desculpem pá, pensávamos que podíamos combinar coisas e afinal não podem ser combinadas e portanto assumimos as consequências!”. Custa muito dizer isto? A humanização dos nossos lideres pelos próprios, às vezes faz de um erro uma vitória, e está provado à muito tempo que não somos governados por Super-Homens, somos governados por pessoas que às vezes metem a pata na poça, como todos nós.

Acabem lá com essa coisa, temos todos mais do que fazer! Há questões que têm que ser resolvidas, claro está, mas as coisas a serem resolvidas em tempo útil, resolvem-se, fora do prazo perdem-se.

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