De que está à procura ?

Comunidades

Cesário: Plataforma de “media” da diáspora é fundamental

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas considerou a criação da Plataforma – Associação dos Órgãos de Comunicação Social Portugueses no Estrangeiro como “fundamental”.

Em declarações à Lusa, no ato da formalização da plataforma, que decorreu quinta-feira no Hotel da Estrela em Lisboa, José Cesário afirmou: “A plataforma não é do Governo, não tem nada a ver com o Governo, mas nós consideramo-la fundamental.”

A criação de uma associação deste tipo era “um objetivo prioritário para o Governo há três anos e meio”, durante os quais José Cesário foi tendo “encontros e reuniões” com as comunidades portuguesas “para lançar este desafio”.

A Plataforma – Associação dos Órgãos de Comunicação Social Portugueses no Estrangeiro, hoje formalizada, integra 12 rádios e jornais (diários, semanários, mensais), “em geral de pequena dimensão”, de países como África do Sul, Bélgica, Brasil, Canadá, Estados Unidos, França, Luxemburgo, Macau, Reino Unido e Suíça. O BOM DIA é um dos membros fundadores do projeto.

“Espero que esta consiga afirmar-se, porque é fundamental haver um interlocutor ao nível da imprensa das comunidades junto das autoridades em Portugal, junto também dos outros órgãos da comunicação social em Portugal e também para fomentar, promover iniciativas entre os diversos órgãos, as diversas comunidades”, considerou o governante.

A plataforma reuniu-se com as comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros e Comunidades e para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, às quais apresentaram o projeto.

Os representantes aproveitaram para deixarem “um primeiro problema” aos deputados.

“Os estagiários portugueses que vão fazer um estágio aos órgãos de comunicação social como os que integram a plataforma, ao regressarem a Portugal, não vêem esse estágio validado para efeitos de carteira profissional”, criticou Carlos Pereira, presidente da plataforma.

“Este problema do estágio que não é validado só por ser no estrangeiro é uma coisa ridícula que deve ser muito fácil de resolver, tem de ser resolvida”, defendeu o diretor do LusoJornal, editado em França.

Fazer uma “listagem” de órgãos de comunicação social portugueses no estrangeiro é outros dos objetivos da associação sem fins lucrativos, com sede em Portugal, na Associação Portuguesa de Imprensa.

Carlos Pereira adiantou que, na sexta-feira, a plataforma vai encontrar-se com “agentes de marketing” para lhes dizer que “estão a perder uma oportunidade muito grande” ao “ignorarem completamente as comunidades portuguesas” e ao não anunciarem na comunicação social no estrangeiro. “É um apagão completo, aparte algumas exceções, nomeadamente os bancos”, referiu.

“Parem de falar de dez milhões de habitantes, (…) nós somos quinze milhões de portugueses”, frisou, acrescentando ainda à estimativa de cinco milhões de portugueses na diáspora os seus descendentes, famílias e amigos estrangeiros.

“Contrariamente à ideia feita”, os lusodescendentes “têm uma imagem muito boa de Portugal”, notou. “Há uns anos, nunca imaginaria que hoje os lusodescendentes tivessem uma ligação tão grande a Portugal”, reconheceu.

Numa altura em que ter correspondentes em todo o mundo “é caro”, a plataforma vai também “dizer aos órgãos de comunicação social portugueses, que também têm tido um apagão enorme em relação às comunidades, provavelmente por falta de meios”, que podem “encontrar uma parceria” nos associados da plataforma.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA