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Celebrações em Fátima sob o signo da “simplicidade”

A imagem da Nossa Senhora na Procissão das Velas durante a Peregrinação Internacional de 12 e 13 de maio no Santuário de Fátima, este ano presididas por D. Raimundo Damasceno Assis, cardeal arcebispo brasileir de Aparecida, Fátima, 12 de maio de 2015. PAULO NOVAIS/LUSA

O arcebispo de Aparecida, Raymundo Damasceno Assis, disse na noite de terça-feira que a Igreja não pode afastar-se da simplicidade e desaprender as lições das mensagens de Fátima e de Aparecida.

“A fragilidade é o meio escolhido por Deus para realizar a sua obra. A Igreja deve sempre lembrar que não pode afastar-se da simplicidade”, afirmou o cardeal Raymundo Damasceno Assis, no Santuário de Fátima, na homilia da missa que sucedeu à procissão das velas, momento em que cerca de 200 mil peregrinos iluminaram o recinto.

A imagem de Aparecida foi hoje entronizada na escadaria norte, junto ao recinto do santuário português, no âmbito de um intercâmbio entre os dois santuários que há um ano levou à colocação de uma imagem de Fátima no templo brasileiro.

Abordando os acontecimentos que levaram à criação dos dois santuários, o arcebispo referiu que “em Aparecida, com justiça, viu-se na cor negra da imagem a sua compaixão e a solidariedade com os sofridos escravos e seus descendentes” e em Fátima “a oração e os sacrifícios pelos pecadores”.

“A nossa solidariedade, seja com os pobres, seja com os pecadores, dificilmente consegue ultrapassar o simples compadecer-se e chegar a sofrer de verdade com os que sofrem”, assinalou Raymundo Damasceno Assis, exortando os peregrinos a pedirem à Virgem que reúna em cada um “a solidariedade, para que os sofredores consigam vencer o sofrimento, e ao mesmo tempo uma verdadeira submissão à vontade de Deus”.

Ainda sobre a história de Fátima e de Aparecida, que em 2017 assinalam respetivamente, o centenário das aparições e o tricentenário da descoberta da imagem da Virgem Aparecida no rio Paraíba, o arcebispo, citando o papa Francisco, declarou que “Deus entra sempre nas vestes da pequenez”.

Remetendo de novo às palavras do papa e à história da Virgem Aparecida, o cardeal notou que Deus “dá uma mensagem de recomposição e unidade, que requer da nossa parte paciência”, que “o povo simples e piedoso encontra sempre espaço nas suas vidas para a manifestação de Deus”, que a todos protege, e que a fé, quando autêntica, “traz consigo a necessidade de ser partilhada”.

“Por isso, o papa Francisco concluía que a Igreja não pode desaprender a lição de Aparecida e eu acrescento a lição das aparições de Fátima”, acrescentou.

A missa está a ser concelebrada pelo cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, 34 bispos e 275 padres, anunciou o santuário.

A peregrinação internacional de maio termina na quarta-feira, com a missa, bênção dos doentes e procissão do adeus.

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