Tive a honra de ser eleito para integrar o novo Conselho da Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo.
O congresso de abril foi um dos mais conturbados da história da CCPL na qual tenho participado desde o primeiro dia.

Conturbado não significa mau. O congresso foi organizado às pressas, mal gerido e foi palco de algumas das mais insultuosas situações a que já se assistiu na Confederação, mas acabou por ter a enorme virtude de ressuscitar a CCPL.

Há duas razões principais para que o congresso tenha decorrido de forma tão acalorada. A primeira, e óbvia, é que nunca antes uma candidatura alternativa se tinha apresentado antes de um congresso. A segunda, menos visível para quem estiver fora dos meandros associativos, é que a CCPL é cada vez mais importante e, por isso, um viveiro de interesses (políticos, financeiros, protagonismo) e muitas rivalidades.

Temos pela primeira razão que agradecer a Liliana Bento que teve a coragem de avançar com uma pré-candidatura e que foi, por isso, injustamente atacada, como se a democracia fosse uma surpresa.

No que diz respeito à importância da CCPL e os interesses que a rodeiam há que dar a César o que lhe pertence: muito do trabalho que Coimbra de Matos e a sua equipa fizeram até agora é louvável. A CCPL tem uma estrutura, iniciativas, presença na comunidade. Se a Confederação fosse irrelevante ninguém pretenderia a liderança.

O novo Conselho, resultante das eleições no congresso de abril reúne pela primeira vez hoje. Sei que há conselheiros atarefados a prepararem listas e sei que há dificuldade em criar equipas em número e qualidade suficientes.

Por isso, deixo um apelo aos meus colegas conselheiros: vamos conversar, debater ideias e objetivos e criar uma lista única?

Raúl Reis

Nota: Este texto é apresentado em paralelo ao Conselho como moção de apelo à reunião de todos os conselheiros interessados em fazer uma CCPL maior, melhor e mais influente.