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Portugal

Cavaco elogia “o país real que muitos agentes políticos desconhecem”

Aníbal Cavaco Silva durante o discurso de Ano Novo. © MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

O Presidente da República elogiou hoje “o país real” que disse ter conhecido de perto nos últimos dez anos, mas que considerou ser desconhecido por muitos políticos e subvalorizado, e declarou-se confiante na “ambição patriótica” dos portugueses.

Na sua última mensagem de Ano Novo como Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva falou dos roteiros que fez pelo país nos seus dois mandatos, disse ter encontrado uma sociedade civil portuguesa dinâmica em tempos difíceis e deixou o seu “mais profundo agradecimento” aos “portugueses que hoje estão a construir Portugal”, na ciência, nas empresas e nas artes.

“Este não é um país imaginário. Este é o Portugal do presente, que encontramos bem vivo de Norte a Sul, no litoral e no interior, nas regiões insulares, nas comunidades da diáspora. Este é o país real, o país verdadeiro, que muitos agentes políticos desconhecem, que a comunicação social tantas vezes ignora e que conheci de perto durante os meus mandatos”, declarou, considerando que “os portugueses que estão a fazer Portugal nem sempre são reconhecidos ou valorizados como merecem”.

Segundo o Presidente da República, todos os portugueses com que contactou estão unidos por um “profundo amor a Portugal”, por uma “ambição patriótica” que permitirá construir “um país melhor, solidário e com mais justiça social”, precisando para isso da colaboração do Estado.

“Os portugueses que estão a fazer Portugal não exigem o impossível nem pedem muito ao seu país. Pedem apenas que o Estado crie condições para que possam desenvolver o seu trabalho e, depois, que os poderes públicos não estabeleçam entraves à sua atividade, desde a criação de emprego e riqueza até à defesa do património e do ambiente, passando pela inovação social e tecnológica”, defendeu.

A dois meses do fim do mandato, Cavaco Silva aproveitou esta mensagem de Ano Novo para falar dos seus dez anos como Presidente da República.

O chefe de Estado recordou que o seu primeiro roteiro, em 2006, foi dedicado à inclusão social, referiu que procurou “acima de tudo, valorizar os bons exemplos” e que percorreu “o país inteiro”, esteve “com as comunidades da diáspora” e contactou com “milhares de portugueses”.

“São esses portugueses – todos vós, todos os portugueses – o nosso grande motivo de esperança num tempo de incerteza”, acrescentou.

“Jovens cientistas e investigadores de excelência, empreendedores económicos, sociais e culturais, dirigentes associativos, instituições de solidariedade e voluntários, artistas e criativos talentosos, é este imenso Portugal que se afirma no presente e se projeta no futuro de uma forma extraordinária”, reforçou.

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