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Carta aberta a todos os políticos e governantes

Exmos. Srs.

Imaginem que conseguíamos inventar o pior detetor de mentiras possível: que indicasse mentirmos sempre que disséssemos a verdade e indicasse dizermos a verdade sempre que mentíssemos.

Ainda que se tornasse logo óbvio que esse aparelho era enganador há que considerar o seguinte.

Assim que ele começasse a ser amplamente usado todos iriam certamente fazer todos os possíveis para que ele se tornasse menos enganador e mais fiável. Por outro lado iríamos começar a realisar que nada adiantava protestar e dizer que eles não eram nada fiáveis pois os Governos a nível mundial já tinham percebido que mesmo com o pior detector de mentiras possível, a tendência para o crime diminuía significativamente quanto mais usados eles fossem e quanto mais convencidos os indíviduos estivessem que essa tecnologia pudesse existir e pudesse vir a melhorar.

Por isso proponho, com esta muito breve explicação, que se façam as seguintes perguntas em todos os aeroportos, bombas de gasolina e demais passagens de segurança. Perguntas estas que teriam o intuito de programar e preparar todos os indíviduos para a possibilidade de um dia se poder vir a apurar essa tecnologia e de haver necessidade de termos a sociedade preparada para os poder usar caso um dia se conseguísse apurar extremamente a fidedignidade desses aparelhos e de seus especialistas legais.

As perguntas seriam sempre feitas em frente a duas câmaras de filmar e a dois microfones da BBC, cada um dos quatro com uma luzinha vermelha acesa a indicar que estavam a gravar, e com a mais alta tecnologia de ponta de polígrafos e relatas tecnologias de detecção de mentira (expressão facial, voz, dilatação das pupilas, movimento dos olhos, micromovimentos causados ao segurar dois pêndulos radiestéticos um em cada mão, sendo que estes tinham que ser seguros do modo mais natural e firme possível, para registrar dados.

E eram as seguintes:

1) Faz downloads ilegais ou infringe de algum modo sistemas informáticos alheios sem ter permissão para tal?

2) Sabe de alguma coisa que devia dizer à Polícia e não diz?

3) Tem abusado ou causado algum dano a alguma pessoa ou a alguma coisa, sem ter legitimidade para o fazer?

4) É um cidadão correcto que age de acordo com princípios morais de elevação?

Diga sim ou não. Nós registaremos o modo como responde e coopera com a Polícia para impedir o crime.

Só fazermos estas perguntas, rotineiramente, em constantes processos de triagem e de análise de dados iria mudar tanta coisa que em breve ficaríamos pasmados e começaríamos a ter políticos realmente inteligentes, dignos e honestos.

Fica o desafio. Que é sério.

Em seguida fica um delírio, meu.

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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