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Caldas da Rainha faz parte primeiro atlas das cidades termais da Europa

Caldas da Rainha é a única cidade portuguesa a integrar o protótipo de um atlas de todas as cidades termais da europa, que vai ser apresentado em Bruxelas e candidatado a uma comparticipação de um milhão de euros.

Considerado o “projeto mais importante da European Historic Thermal Towns Association (EHTTA)”, o Atlas pretende concentrar “toda a informação sobre o complexo património termal da Europa”, disse hoje à agência Lusa o vice-presidente do conselho científico da associação, o espanhol Mario Crescente.

Mario Crescente falava à Lusa nas Caldas da Rainha, onde participa no primeiro encontro de cidades termais realizado em Portugal pela associação que, na terça-feira realiza na cidade a sua assembleia-geral, reunindo representantes de 36 cidades da Europa.

A EHTTA (Associação Europeia de Cidades Históricas Termais) começou por “definir o que é o património termal”, estabelecendo tratar-se da “soma de valores naturais (como a água), culturais (edifícios) e imateriais (como as lendas e mitos que se transformaram em medicina termal)” para, a partir daí, definir “as cidades que podem entrar no atlas e que tem que concentrar em si todos estes valores”, explicou o mesmo responsável.

Mondariz (Espanha) e Bath (no Reino Unido) foram as duas primeiras cidades a integrar a plataforma informática em que o atlas está a ser desenvolvido e a que se juntou nos últimos meses as Caldas da Rainha.

“Estas três cidades integram o protótipo do atlas que vamos apresentar, no dia 22, à Comissão Europeia para ver qual o caminho a seguir para o podermos desenvolver e alargar às 250 cidades que julgamos cumprir todas as condições para fazer parte”, explicou Mario Crescente.

O Atlas, que concentrará sobretudo informação na internet, poderá ser complementado com edições em papel, “ sobre, por exemplo, determinadas características medicinais de algumas águas, ou estudo científicos como curais”. Mas, acrescentou Crescente, “assumirá tanto mais valor quanto permita a medição de aspetos como o número de aquistas, circulação entre termas da europa, e outros dados que podem até ser uteis à própria Comissão Europeia”.

A quantidade de dados a inserir na plataforma obriga a “fazer um up-grade de hardware e a adquirir equipamentos mais completos que suportem a quantidade de informação que vai ser carregada”, o que levou a EHTTA a “mostrar este protótipo em vários países da Europa para incentivas outras associações a serem nossos parceiros”, mas também, revelou, “queremos solicitar que nos sejam atribuídos fundos comunitários”.

Da comparticipação conseguida dependerá a extensão do atlas que Mario Crescente estima que custe “no mínimo uma milhão de euros”.

O encontro iniciado hoje e que se prolongará até sábado integra-se na Semana Termal que pretende afirmar Caldas da Rainha com cidade das águas e que engloba, para além deste encontro, as Jornadas da Associação Portuguesa de Recursos Hídricos, dedicadas ao tema “Águas Minerais Naturais e Ordenamento do Território” e o X Congresso Internacional da Sociedade Portuguesa de Hidrologia Médica – SPHM, que decorrerá sob o lema “Cidades Termais”.

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