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Cabo Verde precisa de poder judicial forte, diz presidente

O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, afirmou em Coimbra que o seu país precisa de um poder judicial “forte e independente”, que considerou ser fundamental para a consolidação da democracia cabo-verdiana.

“A democracia cabo-verdiana precisa de um poder judicial forte e independente”, disse Jorge Carlos Fonseca, durante um encontro com estudantes cabo-verdianos, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Segundo o Presidente da República, Cabo Verde tem “feito progressos”, mas ainda não chegou onde desejaria, sendo necessário modernizar e consolidar o sistema judicial.

“É necessário trabalhar a sua independência”, nomeadamente “a autonomia do Ministério Público”, defendeu.

Jorge Carlos Fonseca também apontou para a importância de o país ter “uma sociedade civil pujante”, que projete ideias e propostas e que seja, ao mesmo tempo, “uma instância de controlo”.

Após ouvir críticas e problemas apresentados pelos estudantes cabo-verdianos em Coimbra, o governante sublinhou a importância de os jovens “serem inconformados, exigentes, mas também capazes de construírem lideranças e serem parte das soluções”.

Os jovens “têm de ser proativos. Não basta reclamar”, acrescentou, depois de ter ouvido vários estudantes presentes a falar de problemas com bolsas, mas também a apelar para que o Presidente da República vetasse o novo estatuto dos responsáveis dos órgãos políticos, que prevê um aumento salarial dos mesmos, aprovado no parlamento cabo-verdiano, a 25 de março.

Carlos Morais, estudante na Faculdade de Economia, mostrou a sua preocupação com “a partidarização da Administração Pública” cabo-verdiana, bem como a necessidade de renovação dos titulares de cargos políticos, sendo importante “uma limitação de mandatos”.

Em declarações à agência Lusa, o aluno de 30 anos salientou ainda a necessidade de Cabo Verde “incentivar os estudantes a regressar” ao seu país, considerando que, na atual conjuntura política e económica, “não está fácil”.

Partilhando da opinião do colega, João Brito, doutorando em Coimbra, considerou que os políticos têm de olhar para o trabalho académico feito por jovens cabo-verdianos.

“De que vale estudar e criar novos modelos de desenvolvimento, para depois os políticos não os aplicarem”, questionou.

Jorge Carlos Fonseca esteve presente em Coimbra, no âmbito da sua visita a Portugal, com o objetivo de visitar as comunidades cabo-verdianas no país.

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