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Bispo pede que não se esqueça a crise dos refugiados

O bispo de Leiria-Fátima apelou para que a situação dos refugiados, que admitiu ser a maior crise humanitária do pós-guerra, não caia no esquecimento, e pediu “novo esforço ao seu acolhimento”.

“Aproveito este momento para lembrar, mais uma vez, o êxodo dos refugiados, talvez a maior crise humanitária do pós-guerra que estamos a viver, e renovar o apelo para que a situação dos refugiados não caia no esquecimento”, afirmou António Marto, também vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

O responsável, que falava na conferência de imprensa que antecede a última grande peregrinação do ano ao Santuário de Fátima, no distrito de Santarém, pediu ainda “para que se faça sempre um novo esforço em ordem ao seu acolhimento”.

“Os muros da indiferença ou do individualismo, até do nacionalismo, caem com a solidariedade”, acrescentou, enumerando as disponibilidades de acolhimento já comunicadas por entidades à Diocese de Leiria-Fátima, como o Santuário de Fátima (uma casa), Centro Paulo VI da Paróquia da Sé (dois apartamentos) e duas instituições religiosas (duas habitações).

A Misericórdia de Ourém/Fátima também se disponibilizou a fornecer refeições, tendo sido já entregues 1.450 euros, de uma ordem religiosa e particulares.

O prelado adiantou que a Confederação dos Institutos Religiosos de Portugal contabilizou 17 congregações para acolher 27 famílias.

O tema dos refugiados foi também hoje abordado no Conselho Permanente da CEP, que decorreu em Fátima.

O seu porta-voz, padre Manuel Barbosa, defendeu a necessidade de se continuar “o trabalho de levantamento das disponibilidades de acolhimento em cada diocese”.

“Que haja esse esforço de levantamento e que se continue a fazer, sempre em colaboração e em coordenação com o grupo de trabalho do Governo”, adiantou o sacerdote, salientando a necessidade de acentuar o apelo para que “se fomente o apoio dos países de origem dos refugiados”.

No final de setembro, o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, anunciou a chegada de 30 refugiados, que se encontram em Itália, durante a primeira quinzena deste mês.

No total, o país deverá receber 4.500 pessoas e 70 milhões de euros até 2020 em fundos comunitários para receber e integrar refugiados e migrantes.

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