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Benfica deixa as competições europeias só com derrotas

O Benfica perdeu esta terça-feira com o Basileia, por 2-0, e confirmou a pior prestação de uma equipa portuguesa na Liga dos Campeões de futebol, ao terminar a fase de grupos com um pleno de derrotas.

A campanha paupérrima dos tetracampeões nacionais terminou como começou, somando o sexto desaire no mesmo número de jogos e apenas um golo apontado, tendo sido ‘castigados’ com golos de Elyounoussi (05 minutos) e Oberlin (65), que, por outro lado, asseguraram o apuramento do octocampeão suíço para os oitavos de final.

Além do último lugar do grupo A, que já estava confirmado à entrada para esta derradeira ronda, o Benfica entrou para história pelos piores motivos, passando a ser a equipa portuguesa com pior registo na fase de grupos da prova ‘milionária’ da UEFA, recorde que até agora pertencia ao Sporting, que em 2000/01 terminou com dois pontos.

Já sem qualquer objetivo europeu pela frente, a não ser a salvação da ‘honra’ depois de uma campanha muito aquém do expetável para um campeão nacional e cabeça de série, o Benfica apresentou-se com várias alterações no ‘onze’, confirmando-se estreia a titular de João Carvalho, num meio campo ainda composto por Samaris e Pizzi.

Jardel e Pizzi foram mesmo os únicos ‘sobreviventes’ do ‘clássico’ com o FC Porto, sendo que Svilar regressou à baliza e Lisandro López rendeu o ‘capitão’ Luisão no centro da defesa.

Seria precisamente esse setor a conceder enormes facilidades nos instantes iniciais, as quais foram aproveitadas pelos suíços, com Lang a cruzar para a entrada fulgurante de cabeça de Elyounoussi, que abriu o marcador.

As tentativas de resposta do Benfica surgiram amiúde, através de cantos ou de remates de longe, mas sempre sem sucesso, sendo demasiado evidente a incapacidade dos ‘encarnados’ para ‘ferir’ o Basileia.

Os helvéticos estavam confortáveis no jogo, perante um adversário frágil, que continua a não apresentar qualquer trabalho coletivo, com e sem bola, além de fazer depender o seu jogo do improviso das individualidades. Quando estas não aparecem, a equipa ressente-se.

À semelhança da grande maioria dos encontros desta época, o Benfica foi um conjunto apático, sem dinâmica ofensiva ou ligações próximas para fazer fluir o jogo, pelo que continua a ser uma incógnita o tal “processo” que Rui Vitória tantas vezes refere, tendo em conta a completa ausência de automatismos ao fim de 23 partidas oficiais e seis meses de competição.

Seferovic, que surgiu muito isolado na frente, ainda tentou dar um pontapé na ‘monotonia’ que afetava as ‘águias, mas viu Vaclík opor-se com uma grande intervenção. Porém, foi o campeão suíço a estar mais perto de aumentar a vantagem, não fosse um corte providencial de Jardel, a evitar que a bola chegasse em perfeitas condições para Oberlin finalizar.

O intervalo poderia ter sido bom ‘conselheiro’ para os ‘encarnados’, mas o que se viu na etapa complementar foi mais do mesmo e há que realçar a coragem dos adeptos que estiveram na Luz, enfrentando as baixas temperaturas e o futebol pobre da sua equipa.

À semelhança do que vinha acontecendo, as bolas paradas pareciam ser a única forma de o Benfica se aproximar com perigo da baliza de Vaclík, mas as tentativas de Lisandro López, sobretudo, nunca encontraram o caminho do golo.

Rui Vitória ainda recorreu a Jonas, quando faltava meia hora para o final, mas o goleador brasileiro pouco veio acrescentar, acabando mesmo por ver a sua equipa sofrer novo golo, numa bola parada estudada, que teve Akanji como intermediário antes do cabeceamento de Oberlin ao segundo poste.

Este seria o ‘golpe de misericórdia’ de um Basileia que na realidade pouco arriscou, mas que soube aproveitar os erros alheios, que são inadmissíveis a este nível, e que só não piorou a imagem do Benfica porque Lang e Steffen não acertaram no alvo.

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