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Beato Fidel

Quando leio e ouço algumas pessoas que considero inteligentes a beatificarem Fidel Castro, e considerarem que os valores da liberdade e da democracia são muito relativos, ou que o facto da ausência de Democracia e de Liberdade são pormenores face ao heroísmo, ao carisma, à faceta revolucionária, às condicionantes e que houve muitos progressos na saúde e na educação…

Estou-me a marimbar para meia dúzia de fulanos que dão vivas a Salazar, ou a Pinochet, ou para aqueles que acham que na Coreia do Norte existe um sistema democrático a funcionar e que o Pai Natal vai lá todos os anos.

Apenas acho, ou melhor, tenho a certeza, que pessoas com responsabilidades no sistema democrático nacional, que se sujeitam a votos, ao escrutínio popular, defendam tiranos apenas porque são de esquerda, e os elevem a heróis, mártires, exemplos a seguir e que a “ilha da liberdade” é um farol para todos nós.

Devo dizer que admiro a coerência do Bloco de Esquerda, a pedra no sapato do PCP, que felizmente tem a noção do que é democracia, e que tiranos há em Cuba e na Arábia Saudita, que também tem a consciência que o regime chinês é tirano, que por ser um partido republicano não insulta mas também não aplaude o discurso de um rei. Coerência é isto, e muito embora estejamos em polos ideológicos opostos, admiro o Bloco pela coerência.

Vamos lá a ver uma uma coisa e para início de conversa: Fidel Castro era um ditador! E isto, só por si, faz dele um tipo execrável.

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