Em Portugal passou-se um caso insólito com a Bandeira Portuguesa hasteada no mastro da Câmara Municipal da capital por Cavaco Silva nas comemorações de mais um aniversário da implantação da I República Maçónica de triste memória .
O escudo e a esfera armilar ficaram de cabeça para baixo, perante o espanto de quem assistia ao acto.
Numa outra ocasião com emigrantes portugueses lesados pelo BES, algumas das vítimas pisaram a Bandeira Portuguesa, símbolo da Pátria que é deles, mas que consideraram cabotinamente ter sido o país que se locupletou com as suas economias de anos, adquiridas com o sacrifício de porfiados trabalhos, nos países de acolhimento.
Tal acto repugnante tirou-lhes credibilidade e gente houve que inicialmente lamentou o que lhes acontecera para passar a odiar a ousadia por tal desmando.
Tempos houve também que o Presidente das Comemorações do Dia de Portugal, na Guarda, Alçada Baptista, propôs a substituição da Bandeira, por conter símbolos imperialistas e o Hino Nacional por ser um poema guerreiro.
Também se disse que Mário Soares pisara o nosso estandarte, quando da visita de Marcelo Caetano a Inglaterra, o que parece não se ter provado, por ser uma montagem fotográfica da PIDE, dando-lhe razão num pleito em Tribunal contra uma familiar do General Galvão de Melo.
Mais recentemente, uns jovens energúmenos alemães queimaram a Bandeira das Quinas, depois da derrota da Alemanha frente a Portugal, por robusta vitória nossa, no Campeonato de Futebol de selecções sub 21.
Vieram a propósito estas recordações durante a minha permanência em Saintes, cidade ao norte de Bordeaux.
No mastro do Palácio da Justiça da cidade encontrava-se a Bandeira Tricolor gaulesa totalmente esfarrapada, o que dava um aspecto de desencanto dos seus habitantes pelo seu símbolo, conforme pode ver-se na fotografia que propositadamente registei.
Parece que os símbolos dos países começam a ser maltratados, não se sabendo se em nome do Federalismo da UE ou da Europa das Nações.
Em qualquer das opções estou em crer que este símbolo das Pátrias não desaparecerá, porque os povos europeus não vão permitir tal diatribe de algum político ou intelectual mais preocupado com o internacionalismo do que com o nacionalismo.
Tenho para mim que certos actos praticados contra as Bandeiras dos Países deveriam merecer punição em qualquer Tribunal pela falta de respeito manifesta.
