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Aviso à navegação

Sempre coloquei reservas sobre a postura política de Cavaco Silva.

Saído das hostes do PSD, o político conquistou prestígio quando foi PM.

Acontece, contudo, que grande parte do período da sua governação fez-se no tempo de “vacas gordas”, o mesmo é dizer com fartura de dinheiro, vindo da UE, e muito dele a fundo perdido, como é usual afirmar-se no mundo dos economistas.

Deixou obra, mas à volta dele surgiu um mundo de “bas fonds” ligado à banca, o qual acabou por chamuscar o seu prestígio conquistado anteriormente.

A venda de acções do BPN configurou uma espécie de “delit d’initié”, ainda que não confirmado, o qual voltou a ensombrar o seu percurso.

Criou “tabus” à sua volta e com isso “nunca se enganava”, levando o tempo necessário e suficiente para passar da decisão à execução dum acto voluntário.

Não poderemos esquecer que Cavaco Silva criou igualmente um espaço político de grande dimensão, em que o cartão de militante era o “abre-te Sésamo” de acesso a lugares de topo ou de incontida influência.

Eu proprio fui vítima dum processo disciplinar devido a artigo de opinião publicado nas duas páginas centrais do semanário “O Tempo” de Nuno Rocha, por ter criticado a política de Ensino do Português em França do Ministro Roberto Carneiro, através do seu Secretário de Estado Alarcão Troni, o que me obrigou a recorrer a Tribunal para ganhar o processo, que nada mais foi do que perseguição política, por ter denunciado publicamente nomeações de docentes por tráfico de influências.

Este período duro do cavaquismo ensombrou também a sua política.

O que não pode colocar-se em dúvida é o seu patriotismo nesta fase difícil da vida portuguesa, em que um meio português e meio indiano com um ilhéu, derrotados em eleições, conseguem ser governo em Portugal.

O acordo firmado de “quadrunvirato “é um “melting pot” de contrários e a exigência do PR para o aprofundamento de informações sobre a substância do seu conteúdo politico é o mais natural para aviso à navegação no futuro, pois o meio português e meio indiano vai ser um contorcionista e um malabarista para poder governar.

Um europeísta convicto amigalhaço de anti-europeístas e das suas regras igualmente convictos vai ser obra a governação.

Se António Costa, agora indigitado PM, conseguir misturar a água com o azeite, colocará a direita numa longa travessia do deserto.

Enquanto houver dinheiro para distribuir à populaça ululante, Portugal será o País das Maravilhas, em que é possivel multiplicar os pães até ao infinito e o vinho, o nectar dos subsidiados.

O tempo dará razão às exigências de Cavaco Silva, até porque acordos feitos nas costas dos eleitores é alta traição, só própria de trafulhas que não olham a meios para atingir os fins escabrosos, nascidos nos cérebros de criminosos políticos.

Dentro de pouco tempo voltaremos e voltarei às urnas para eleger um governo sério.

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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