De que está à procura ?

Lifestyle

As informações que não deve esconder do seu ginecologista

Para grande parte das mulheres, ir ao ginecologista é um tormento. Um estudo feito pela Liga Portuguesa contra o Cancro concluiu, mesmo, que em Portugal uma em cada quatro mulheres falha a consulta anual desta especialidade. Em Espanha, as mulheres padecem do mesmo mal e, mesmo com a Sociedade Espanhola de Ginecologia a aconselhar a primeira consulta ainda na adolescência e antes da primeira relação sexual, apenas 54% das mulheres com menos de 24 anos já foram ao ginecologista, segundo o Instituto Nacional de Estatística Espanhol.

Em Portugal, um inquérito feito e divulgado em 2014 pela Liga Portuguesa contra o Cancro, com o intuito de apurar a sensibilidade ao tema do cancro nos ovários, ouviu 40 mil mulheres. Em cada quatro, uma falhava a consulta anual de ginecologia.

Além do receio que muitas revelam, há ainda quem, mesmo frequentando as consultas, mente ou esconde determinados comportamentos. O que leva muitas vezes a diagnósticos errados.

Segue uma lista de nove informações que as mulheres escondem habitualmente e que não deviam, de acordo com especialistas contactados pelo jornal espanhol El Pais, e que devem ser tidas em conta também pelas mulheres portuguesas.

1. Gravidezes e abortos

É algo que deve sempre ser revelado, tendo em conta o impacto que quer uma gravidez quer um aborto provocam sempre no organismo. Mesmo os abortos com duas ou três semanas de gestação devem ser partilhados com o médico.

2. Data da última menstruação

Há mulheres que mentem sobre a data em que engravidam, por múltiplas razões. E que tentam, depois, convencer os médicos de que as datas da última menstruação são diferentes daquelas que a ecografia aponta para o tempo da gravidez. Ponto 1. Não vale a pena mentir, as ecografias têm elevado grau de fiabilidade não é possível perder ou ganhar um mês de gravidez. Ponto 2. Induzir um erro pode levar a um diagnóstico errado para a mãe e para o bebé.

3. Práticas sexuais

Não vale a pena dizer ao ginecologista que manteve sempre relações sexuais com o mesmo parceiro e sempre com proteção se essa não for a verdade. O cancro do colo do útero, por exemplo, está relacionado com a a infeção do vírus do papiloma humano, cuja principal forma de contágio é pela via sexual. Há muitas outras doenças transmissíveis sexualmente que tornam fundamental que informe o seu médico dos seus hábitos sexuais. Não se preocupe. Ele não esta lá para a julgar.

4. Homossexualidade

Há mulheres que escondem a sua orientação sexual do ginecologista. Mas esquecem-se que a decisão de fazer uma citologia, exame fundamental para a saúde feminina, por exemplo, pode depender de o médico conhecer os seus hábitos sexuais.

5. Idade biológica

Sim, pelo menos em Espanha há mulheres a esconder a sua idade para conseguirem submeter-se a ciclos de reprodução assistida. Isto porque, em Espanha, a fertilização in vitro é comparticipada pelo Estado até aos 40 anos. Em Portugal, esta comparticipação pode ir até aos 42 anos, consoante os casos. Não vale a pena fazê-lo, o sistema informático baseia-se na data de nascimento do cartão de identificação do utente. Também há mulheres que alegam sofrer de determinadas doenças para verem o processo acelerado, o que não vale a pena.

6. Sobre a Terapia Hormonal de Substituição (THS)

É aconselhado que as mulheres na menopausa não administrem a THS por mais de cinco anos, pelos riscos (como o cancro) associados, mas há mulheres que se sentem melhor com esta medicação e continuam a tomar. E que, depois, mentem aos médicos dizendo que pararam a medicação, causando diagnósticos errados e ficando expostas a enormes riscos.

7. Incontinência urinária

As mulheres têm problemas em dizer aos seus médicos que sofrem de incontinência urinária, a menos que lhes perguntem, mas esquecem-se que os ginecologistas podem fornecer recomendações preciosas para melhorar o problema – seja na forma de ingestão de líquidos, seja na prática de exercícios pélvicos. Em casos mais avançados, há também tratamentos e cirurgias que podem ser feitos para corrigir o problema. Em Portugal, estima-se que 600 mil pessoas sofram de incontinência urinária.

8. Disfunção sexual e dor

Se enfrenta problemas na sua vida sexual deve partilhá-los com o seu médico. Pode haver tratamento e forma de melhorar.

9. Estética dos genitais.

Com o hábito cada vez mais generalizado da depilação integral, há mulheres que se sentem complexadas com o aspeto dos seus genitais. Também nestes casos há cirurgias reconstrutivas. Ou, mesmo, uma palavra do médico em como não deve preocupar-se.

Fonte: observador.pt

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA