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Arte sacra de Mourão agora em livro

Uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, considerada “um exemplar singular de escultura gótica”, é uma das peças do livro “Arte Sacra no Concelho de Mourão”, que vai ser apresentado na sexta-feira, naquela vila alentejana.

A obra, a apresentar publicamente na Igreja da Misericórdia, em Mourão, faz parte do Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora, projeto desenvolvido pela Fundação Eugénio de Almeida (FEA), em parceria com a arquidiocese, desde 2002.

“Arte Sacra no Concelho de Mourão” resume “o caminho de descoberta do legado móvel do concelho”, explicou hoje a FEA, que já lançou, anteriormente, outras obras relativas a municípios abrangidos,

Este novo livro, continuou, dá a conhecer “algumas das mais significativas” peças de arte sacra de Mourão, no distrito de Évora, destacando-se a imagem de Nossa Senhora da Conceição, que se encontra na Igreja de Nossa Senhora da Luz, e o retábulo da Igreja da Nossa Senhora das Candeias.

No final de outubro do ano passado, num colóquio que marcou o encerramento oficial do projeto do Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora, foi revelado que o trabalho tinha permitido a inventariação de cerca de 25 mil peças, de mais de 31 mil documentos e de quase 156 mil imagens existentes nos acervos religiosos da arquidiocese.

A investigação, desenvolvida num total de 158 paróquias, em 24 concelhos, englobou o levantamento, o estudo e a catalogação do património artístico diocesano.

O projeto, segundo o presidente do conselho de administração da FEA, cónego Eduardo Pereira da Silva, “inscreveu-se, desde logo, na prossecução dos fins culturais da fundação”, visando a “promoção do conhecimento, salvaguarda e divulgação” deste património.

Trata-se, para o mesmo responsável, de um património que, “ao longo dos séculos, tem testemunhado a simbiose entre a fé, tradição e cultura de uma comunidade e de um país, constituindo-se como um dos principais pilares da sua memória histórica”.

“Embora sejam propriedade da Igreja, as obras de arte pertencem à comunidade, pertencem a todos e a cada um de nós”, realçou, frisando que a investigação “mergulhou nas raízes de um vastíssimo território” para levar ao conhecimento público “um legado artístico representativo da cultura portuguesa”.

O coordenador técnico-científico do Inventário Artístico, Artur Goulart, destacou à agência Lusa, em outubro de 2014, que a “mais-valia” conseguida com este trabalho foi a inventariação de “praticamente todas as peças com valor artístico, histórico e cultural de todas as paróquias e igrejas da diocese”.

O levantamento, feito por profissionais de História do Património, História da Arte e Ciências Documentais, abrangeu diversas tipologias de objetos, nomeadamente pintura, escultura, alfaias litúrgicas, têxteis, joalharia, numismática e azulejaria, assim como documentos de arquivo e livros antigos.

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