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Torres Vedras quer dinamizar o centro histórico

A Câmara de Torres Vedras quer aumentar o número de habitantes e de empresas no centro histórico, motivo pelo qual está a aplicar medidas de incentivo como um programa de recuperação de edifícios degradados, disse hoje o seu presidente.

Carlos Bernardes explicou à agência Lusa que, até 2030, o município quer aumentar em 10% o número de residentes e em 20% as empresas, pelo que está a preparar um conjunto de medidas até 2018 para “dar mais vida” ao centro histórico.

A câmara está a trabalhar “num programa de recuperação do edificado a nível de coberturas e de fachadas”, através do qual os moradores possam usufruir de condições vantajosas para proceder às obras.

O município aderiu, por exemplo, ao programa “Reabilitar para Arrendar” do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e ao Fundo Nacional para a Reabilitação do Edificado.

Para dar o exemplo aos privados, tem vindo a adquirir imóveis no centro histórico para reabilitar e arrendá-los com rendas a preços baixos.

Outra medida passa pela criação de um bairro universitário, ligado a uma parceria que o município vai estabelecer até ao final do ano com o Instituto Politécnico de Leiria.

Para as empresas, propõe-se a isenção de taxas, como no licenciamento de esplanadas e de publicidade e oferece condições de alojamento a custos controlados no âmbito do programa Torres INOV ou do Lab Center, uma parceria com o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa na área da inovação tecnológica.

O espaço, que vai ser inaugurado em maio no centro histórico, vai também albergar empresas tecnológicas e indústrias criativas.

Até final de maio, vai ser inaugurada uma plataforma ‘online’ através da qual as empresas dessa zona da cidade e os 200 operadores da Feira Rural, que uma vez por mês se realiza nessas ruas, podem vender produtos e serviços.

O município tem também procurado abrir nessa zona da cidade serviços camarários, alguns dos quais com atendimento ao público.

Depois da biblioteca em 2016, vão ser inaugurados até ao verão o espaço cultural Porta 5, o Centro de Informação à Juventude, o Lab Center, o Centro de Interpretação da Presença Judaica, uma loja com produtos do concelho e um espaço de receção de turistas (‘Welcome Center’).

Até 2018, a câmara vai criar a Agência de Dinamização do Centro Histórico.

Segundo dados municipais, apenas 10% dos habitantes da cidade residem no centro histórico, onde estão instaladas 300 empresas e 30 associações.

Existem aí cerca de 60 imóveis degradados, que, se fossem intervencionados, aumentariam para 620 o número de fogos de habitação, capazes de alojar 1.230 famílias.

Dados sobre a evolução do centro histórico nos últimos 30 anos permitem concluir que o comércio tradicional está a diminuir nesta área, mas as empresas de prestação de serviços estão a aumentar, contribuindo para a redução dos estabelecimentos vagos de 172 em 2009 para 118 em 2016.

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