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Sete lusodescendentes na corrida às eleições legislativas de Macau

Sete lusodescendentes integram as 25 listas que vão a votos pelo sufrágio direto nas eleições legislativas de Macau, em setembro, de acordo com as listas afixadas esta quarta-feira.

Na semana passada, a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) tinha dado conta de irregularidades em quatro listas, mas todos os problemas foram ultrapassados, indicou a CAEAL.

Dos sete lusodescendentes candidatos a deputado, apenas José Pereira Coutinho é “cabeça de lista”.

Deputado da Assembleia Legislativa de Macau desde 2005, Pereira Coutinho – que também já foi candidato à Assembleia da República em 2015 – volta a apresentar-se pela associação “Nova Esperança”, para renovar o seu assento no hemiciclo de Macau a 17 de setembro.

A “Nova Esperança” apresenta mais dois lusodescendentes: Gilberto Camacho, em quarto lugar, e Lídia Lourenço, em oitavo.

Jorge Neto Valente, filho do presidente da Associação dos Advogados, com o mesmo nome, ocupa o terceiro lugar na lista “Aliança Pr’a Mudança”, liderada pela deputada Melinda Chan.

A lista “Poderes do Pensamento Político” conta com António da Conceição Oliveira Lopes como “número dois”, e a “União para o Desenvolvimento de Macau”, liderada por Angela Leong, deputada e administradora-delegada da Sociedade de Jogos de Macau, conta com Armando Amante em número oito.

José Pedro Sales ocupa o terceiro lugar da lista “Nova Ideais de Macau”, liderada por Carl Ching e que está a ser investigada por suspeitas de fraude através de falsificação de assinaturas durante a recolha para a constituição de comissões de candidatura.

Todos os lusodescendentes fazem parte das 25 listas do sufrágio universal, num total de 193 candidatos. Seis listas apresentam-se ao sufrágio indireto.

A lista da académica Agnes Lam (“Observatório Cívico”), que no passado contou com dois lusófonos – o arquiteto Rui Leão, natural de São Tomé e Príncipe, e o jornalista português Carlos Morais José – não tem este ano nenhum.

De acordo com as listas hoje afixadas, o campo pró-democrata está dividido em três listas, duas lideradas pelos deputados veteranos Ng Kuok Cheong (“Associação de Próspero Macau Democrático”) e Au Kam San (“Associação de Novo Movimento Democrático”) e uma pelo dirigente da maior associação pró-democracia da cidade, a Novo Macau, Sulu Sou (“Associação do Novo Progresso de Macau”), que conta com o ex-deputado Chan Wai Chi como “número dois”.

Entre as caras novas está Arnaldo Ho, filho do magnata Stanley Ho e de Angela Leong e que é número três da lista da mãe, “União para o Desenvolvimento de Macau”.

Outra novidade é a lista “União dos Prominentes-Compradores do Pearl Horizon para Defesa dos Direitos”, liderada por Kou Meng Pok, criada especificamente para lidar com o caso do projeto imobiliário cujo terreno foi recuperado pelo Governo por não ter sido concluído dentro do prazo, depois de frações terem sido adquiridas.

Apenas 53 mulheres, menos de um terço do total, são candidatas às eleições de 17 de setembro.

Há cinco deputados que abandonam o hemiciclo, de acordo com as listas afixadas.

Uma das saídas é a de Chan Meng Kam, que em 2013 foi o mais votado pela população, elegendo três deputados, algo raro na Assembleia de Macau. Os colegas bancada Song Pek Kei e Si Ka Lon lideram agora uma lista cada um.

A veterana dos Operários Kwan Tsui Hang deixa também o hemiciclo, com a colega Ella Lei a liderar a lista.

O macaense Leonel Alves, deputado há 33 anos, é outras das ausências. O advogado de 60 anos mantém-se como membro do Conselho Executivo, com mandato até 2019. Leonel Alves é, até setembro, deputado pela via indireta.

Também não se recandidatam os deputados indiretos Cheang Chi Keong e Lam Heong Sang, vice-presidente da Assembleia.

Os deputados nomeados pelo chefe do Executivo Vong Hin Fai e Lau Veng Seng são candidatos ao sufrágio indireto onde, ao contrário de anos anteriores, haverá disputa, já que há 15 candidatos para 12 lugares.

A Assembleia Legislativa é constituída por 33 deputados, 14 dos quais eleitos diretamente pela população, 12 por sufrágio indireto (através das associações) e sete nomeados pelo chefe do Executivo.

 

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