Português podia ser campeão da Europa mas acabou-se-lhe o dinheiro
Quinta-feira 20 de setembro de 2018 às 23:07
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Bruno Magalhães assumiu na terça-feira, a o jornal O Jogo, que vai falhar as duas últimas provas do campeonato europeu de ralis [na Polónia, este fim de semana – 21 a 23 de setembro -, e na Letónia, de 12 a 14 de outubro], por falta de apoios.
“Fui obrigado a esta decisão por uma questão financeira. Era um projeto prova a prova, mas é desgastante estar sempre a pedir dinheiro aos patrocinadores. Alguns já não podiam apoiar nesta altura do ano, em que os orçamentos estão esgotados”, explicou o piloto de 38 anos.
Desta forma, é um ponto final no sonho de conquistar um título de que esteve próximo em 2017 e que, este ano, ainda era matematicamente possível. Com seis das oito provas disputadas, Bruno Magalhães tem 113 pontos e ocupa a segunda posição, a 36 do líder, o russo Alexey Lukyanuk. Como a pontuação máxima por prova pode chegar aos 40 pontos, o duelo não estava terminado.
“É uma frustração muito grande, depois de andarmos a lutar por um objetivo durante sete ou oito meses, com pódios conquistados e estando no segundo lugar, podendo ainda ser campeões”, frisou o piloto do Skoda Fabia.
Sem querer especificar valores, Bruno Magalhães admite que lhe faltava “70 por cento da verba necessária” para as duas corridas em falta, que são “das mais caras do campeonato por motivos logísticos”.
Agora, é tempo de “pensar no próximo ano”. “Vamos avaliar. Andámos dois anos a fazer prova a prova e é demasiado desgastante”, garante o empresário, admitindo que “gostava de continuar no Europeu”. Contudo, sabe que para ter um projeto ambicioso, que lhe permita lutar pelo título, precisa de pelo menos “600 mil euros”, um valor que já inclui testes com o carro e peças de substituição.
Um projeto mais modesto, em versão low cost, não fica por menos de 450 mil euros, mas com menos condições para obter resultados. Por isso, em aberto está inclusivamente o regresso ao campeonato português, “se for para lutar pelo título”. “Depende dos patrocinadores”, conclui Magalhães.
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