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Português confessa ajudar iranianos a comprar tecnologia americana de forma ilegal

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O engenheiro João Pedro da Fonseca, de 55 anos, que confessou esta semana ter conspirado para entregar tecnologia americana a iranianos de forma ilegal, vai conhecer a sua sentença a 07 de setembro, arriscando uma pena de prisão de 20 meses.

O Departamento de Justiça dos EUA anunciou na segunda-feira que o engenheiro português, de 55 anos, tinha chegado a acordo com os procuradores no dia em que o seu julgamento deveria começar.

Segundo a acusação, a que a Lusa teve acesso, Fonseca participou “num esquema em que conspirou para ajudar uma empresa iraniana a obter de forma ilegal equipamento sofisticado de duas empresas americanas”, defraudando o Estado norte-americano.

Se fosse para julgamento, o português arriscava uma pena de até cinco anos e multas financeiras. Segundo o acordo, que deve ser confirmado na leitura da sentença a 07 de setembro, o engenheiro deve cumprir 20 meses de prisão e ser deportado para Portugal no final da pena.

As autoridades americanas garantem que o esquema aconteceu entre outubro de 2014 e abril de 2016 e envolveu duas empresas americanas que produzem tecnologia relacionada com lentes óticas e sistemas de navegação, equipamento que tem usos comerciais e militares e que não pode ser vendido para o Irão devido a um embargo.

O português confessou que representava uma empresa portuguesa que estava a comprar as máquinas e depois as entregaria no Irão. O seu papel no esquema era viajar até aos EUA, aprender a usar o equipamento e mantê-lo até ao seu envio para o Irão.

Fonseca viajou para os EUA, pela primeira vez, em outubro de 2015 e regressou em março de 2016, altura em que foi detido pelas autoridades, que impediram o envio do equipamento para o irão.

O português continuará detido até à leitura da sentença.

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