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Portugal tem 400 milhões para investir nos PALOP

O Governo português acautelou 400 milhões de euros de garantias no Orçamento do Estado para 2019 para alocar a projetos em quatro países africanos lusófonos, anunciou na África do Sul a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros.

Teresa Ribeiro falava à Lusa na cerimónia de assinatura da iniciativa multilateral de investimento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que organiza, em Joanesburgo, o Fórum de Investimento para África.

O acordo de entendimento – “Compacto para os Países Lusófonos” – foi assinado entre o BAD, Portugal e quatro países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) – Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Princípe.

A iniciativa pretende promover 65 projetos no setor privado nos PALOP, assim como potenciais parcerias público-privadas (PPP), avaliados em mais de 5.000 milhões de dólares, que poderão ser apoiados pelo Compacto para os países lusófonos em África, segundo o banco.

Além da verba anunciada, o banco de desenvolvimento português (Sofid) “prevê também garantir 20 milhões de euros para além do instrumento financeiro de um aumento de capital que está em curso de finalização, em linha com o compacto”, disse a governante.

“Esse é um esforço muito grande da parte do Governo português, portanto as garantias podem ir até 400 milhões, porque podem não haver projectos suficientes para essa dimensão em termos de garantias, mas há aqui um forte compromisso de Portugal com este compacto”, ressalvou a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.

A governante sublinhou que a iniciativa representa uma “extraordinária oportunidade” para o desenvolvimento dos países e “para de uma forma consistente, coordenada e articulada, conseguirmos também colocar as nossas empresas neste compacto, o que é naturalmente muito importante para Portugal”.

“Aquilo que queremos é que todo este movimento do compacto se faça tendo como polo o setor privado e, naturalmente a mobilização do setor privado português, para investir nos países lusófonos do compacto, onde obviamente já temos uma atividade muitíssimo relevante que é protagonizada pelas nossas empresas”, declarou à Lusa Teresa Ribeiro.

A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação portuguesa adiantou que a mobilização e articulação de esforços de natureza financeira “é decisivo para dar uma outra escala à internacionalização das empresas portuguesas nos países lusófonos e desse ponto de vista, como aqui foi dito por vários ministros lusófonos, é um momento histórico”.

“É algo que nos faz olhar com enorme otimismo para este instrumento financeiro”, comentou.

“Precisamos da ajuda ao desenvolvimento, sem dúvida nenhuma,mas precisamos de investimento privado e precisamos de promover o comércio,pois isso é a única maneira de propiciar desenvolvimento nestes países”, afirmou Teresa Ribeiro.

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